A Sátira Face ao Imaginário Religioso da Reforma no Horizonte da Guerra dos 30 anos
DOI:
https://doi.org/10.35521/unitas.v1i12.2944Resumo
Este artigo pretende problematizar o lugar das caricaturas político-religiosas difundidas durante as tensões da Reforma Luterana na Europa dos séculos XVI e XVII, buscando refletir sobre a importância das imagens à época, sua eficácia e disponibilidade com o avanço das disputas políticas. Busca-se analisar gravuras de autoria desconhecida ou anônima, mas, sobretudo, obras de Thomas Murner (1475-1537), opositor da reforma, e Lucas Cranach, o velho (1472-1553), propagador dos alicerces da Reforma. A proposta, nesta abordagem, é descortinar uma leitura semiótica das representações antirreformistas e antipapistas, buscando refletir sobre o imaginário no período. É possível observar que os desgastes e a perda de vidas e recursos financeiros com a Guerra dos 30 anos tenham não apenas arrefecido o fervor das disputas, como, por extensão, aberto o caminho para expressões de fé firmadas na piedade e introspecção que contribuiriam para a alteração gradual e progressiva, do que ao longo dos séculos vindouros seria entendido como decoroso ou indecoroso em publicações de cunho confessional.Downloads
Publicado
2025-02-26