O “Sexto Marido” da Mulher Samaritana De onde vem e quem é o Jesus que seguimos?

Autores

  • Luiz José Dietrich PUC/PR

DOI:

https://doi.org/10.15603/ribla.v97i3.3260

Palavras-chave:

Evangelho de João, violência em nome de Deus, religião oficial, Mulher samaritana, decolonização do cristianismo

Resumo

O artigo explora as dimensões teológicas e históricas do Evangelho de João, destacandoo contexto final de sua redação e implicações para a compreensão religiosacontemporânea, desafiando interpretações cristãs exclusivistas tradicionais. O Evangelhode João é apresentado como paradoxal, com vários versículos promovendo oecumenismo, mas também contendo passagens usadas para apoiar intolerância eexclusivismo cristão. Historicamente, o cristianismo passou de uma fé perseguidapara uma religião oficial imperial que se impôs violentamente sobre outras culturas,e nessa imposição versículos do evangelho de João tiveram e têm papel destacado. Acomunidade joanina, que compôs o Evangelho, era pequena, diversa, marginalizadae perseguida, mas enfatizava a inclusão e o amor. O autor contrasta essa abertura compráticas restritivas de outras comunidades da época, e defende que a partir de suasorigens diversas e das perseguições que sofria a comunidade joanina desenvolveuuma sensibilidade aguda e crítica à religião oficial tanto do judaísmo, como do impérioromano. Mostra isso numa interpretação singular do “sexto marido” da mulhersamaritana, e defende uma releitura decolonial do Evangelho de João que rejeiteinterpretações exclusivistas e imperialistas, promovendo o amor como o verdadeirocaminho para Deus.

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Publicado

2025-12-17