Tu és o Senhor que esmaga as guerras (Judite 9,7) Guerra Nenhuma é Santa

Autores

  • Sandro Galazzi PUC/PR

DOI:

https://doi.org/10.15603/ribla.v93i2.2932

Palavras-chave:

Guerra, Violência, Anátema, Justiça, Perdão

Resumo

Guerra santa quer dizer guerra dos deuses. As piores guerras são aquelas feitas em nome, o de acordo, com um monoteísmo excludente que não aceita nem suporta dife- renças: é o monoteísmo das religiões que, desde sempre, foi mecanismo de opressão e de controle das consciências, em vista de um projeto de domínio universal, levado adiante pelo povo “eleito” que deve converter os outros povos ou, se não se conver- terem, exterminá-los, entregando-os, assim, a Deus, num anátema sagrado, queiram eles ou não queiram. Falar em guerra santa, então, quer dizer falar de quem é o “nosso Deus” cuja violência é narrada e exaltada e, no mesmo tempo, significa dizer quem é o “povo de Deus” ao lado do qual ele luta e que ele salva. A guerra santa é, assim, um verdadeiro lugar teológico.

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Publicado

2024-06-12