A Nova Era como malha

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DOI:

https://doi.org/10.20890/reflexus.v13i21.735

Resumo

O artigo visa discutir a utilização de duas teorias antropológicas contemporâneas para a compreensão da religiosidade Nova Era: a Teoria Ator-Rede, de Bruno Latour, e o conceito de malha, do antropólogo Tim Ingold. Parte-se do pressuposto da errância como uma característica fundamental da Nova Era, onde a busca pelo aprimoramento e pelo self perfeito levam o indivíduo à procura de práticas, vivências e rituais descontextualizados de suas tradições originais, constantemente rearranjados e instrumentalizados. Como sociologia que busca associações, a Teoria Ator-Rede pode ser útil para compreender as conexões que ocorrem nesse contexto, porém, leva em conta conexões entre pontos definidos. A malha, entretanto, compreende essas relações como fluxos, onde não há elementos conectados, mas diferentes linhas contínuas entrelaçadas como um tecido. Assim, a Nova Era não se trata de uma conexão de práticas, vivências e rituais diversificados, mas da própria relação, em consonância com a ideia ingoldiana de malha.

Biografia do Autor

Vitor de Lima Campanha, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutorando em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora

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Publicado

2019-06-19

Edição

Seção

Dossiê: Espiritualidade e Cuidado