REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões

A TFP contra o Papa Francisco: uma análise da reação católica ultraconservadora ao Sínodo para a Amazônia

Ana Rosa Cloclet da Silva — 2024-12-12

Dentre as iniciativas do Papa Francisco que vão ao encontro do seu ideal eclesial, o Sínodo para a Amazônia, convocado em outubro de 2017, encontra-se entre aquelas mais diretamente relacionadas à realidade brasileira. Este teve como foco a situação da Igreja católica na região amazônica, envolvendo questões ligadas ao meio ambiente e aos povos originários no Brasil. O teor dos temas discutidos aprofundou as controvérsias e cisões que acompanham o magistério de Francisco, tanto no âmbito intraeclesial, quanto naquele externo à Igreja. É neste sentido que este artigo busca analisar a reação político-religiosa da TFP (Tradição, Família e Propriedade), grupo católico ultraconservador, ao Sínodo para a Amazônia. Assim, objetiva-se identificar e analisar quais dos temas tratados no Sínodo foram priorizados pela TFP e qual o teor de sua crítica a eles dirigida. Em termos metodológicos, o trabalho se pauta na instrumentalização do método da Análise de Discurso sobre os documentos sinodais e sobre os conteúdos postados nos principais veículos de divulgação da TFP.

Os Ventos do Norte não Movem Moinhos...: evangélicos e extrema direita no Brasil

Wanderley Pereira da Rosa — 2024-12-12

O presente artigo pretende apresentar a relação entre importantes setores, grupos, lideranças e denominações evangélicas brasileiras e o recente movimento de extrema direita no Brasil, fenômeno conhecido como bolsonarismo. A relação entre evangélicos e grupos políticos reacionários no país não é inédita. Parte considerável dessas lideranças e denominações já haviam prestado apoio entusiástico ao golpe civil-militar e aos governos ditatoriais que perduraram no Brasil de 1964 a 1985. Nossa tese é de que a chamada Teologia do Domínio serviu e serve de justificativa teológica para tal relação. Em suma, a relação dos evangélicos conservadores e a extrema direita estadunidenses são a inspiração para o que ocorreu e vem ocorrendo no cenário brasileiro.

Guerra Fria, Religião e fundamentalismo religioso

Rubem Mariano — 2024-12-12

Durante a Guerra Fria (entre Estados Unidos - EUA e União Soviética - URSS, entre 1947 e 1991), a influência religiosa dos EUA no Brasil e em outros países da América Latina foi evidente, com investimentos em ações de missionários e entidades religiosas fundamentalistas que apoiavam as agendas políticas e diplomáticas dos EUA. A disputa entre líderes religiosos do protestantismo brasileiro em relação à filiação ao Conselho Mundial de Igrejas – CMI em 1964 refletiu o embate entre antiecumenismo e ecumenismo, assim como anticomunismo e comunismo. Enquanto alguns defendiam a não filiação, alegando inclinações socialistas e comunistas do CMI, outros argumentavam a favor da existência de espaço para diferentes sistemas políticos e econômicos dentro da comunidade cristã. O presente artigo mostra a necessidade de estudar a relação entre religião e Guerra Fria para compreender melhor as dinâmicas políticas e sociais desse período e a importância da presença de como se constituiu e se desenvolveu o fundamentalista religioso como pensamento importante nesse contexto.

Palavras-chaves: Guerra Fria; Religião; Fundamentalismo religioso; Catolicismo e Protestantismo.

Entre o “Princípio Protestante” e o Fundamentalismo: uma análise histórico-teológica do protestantismo e suas implicações contemporâneas

Pablo Fernando Dumer — 2024-12-12

Este artigo examina a relação entre protestantismo e política no Brasil, explorando a trajetória histórica e as implicações contemporâneas dessa interação. Inicialmente, analisa as ideias de Rubem Alves e Paul Tillich sobre o "princípio protestante" e sua capacidade crítica. Em seguida, discute a transformação do protestantismo brasileiro em uma força dogmática e conservadora, especialmente após o golpe civil-militar de 1964. Por fim, avalia o impacto político das igrejas evangélicas e a ascensão do fundamentalismo religioso, destacando os desafios à democracia e à laicidade do Estado. Os resultados sugerem uma evolução significativa do protestantismo brasileiro, com implicações importantes para o debate público e a governança democrática. O artigo objetiva inspirar futuras pesquisas a fim de explorar as diversas correntes protestantes e formas de recuperar seu papel crítico na sociedade.

Fundamentalismo em Nome de Deus

Antonio de Lisboa Lustosa Lopes — 2024-12-12

O presente artigo examina a complexa relação entre fundamentalismo explorando pela pensadora Karen Armstrong e evangelicalismo na América Latina, destacando a influência do catolicismo e das vertentes puritanas do protestantismo norte-americano. Usando autores como Francisco Cartaxo Rolim e Roseli Fischmann, aborda a trajetória histórica do protestantismo, suas polarizações teológicas e políticas, e as tensões entre evangelização e responsabilidade social. Explora o surgimento da Direita Cristã, suas conexões com o neoliberalismo e o uso da retórica religiosa para justificar agendas políticas. Também analisa o papel do fundamentalismo como agente contracultural e sua expansão global, enfatizando a resistência ao ecumenismo e a defesa de uma teologia conservadora.

Horizontes epistêmicos da educação antirracista: uma ressignificação ontológica do fazer, do ser e do pensar. Perspectivas anticolonialistas

Adeir Ferreira Alves — 2024-12-12

As mais antigas civilizações têm suas próprias cosmogonias (mitos fundadores acerca do mundo), e muitas delas também possuem suas escatologias (narrativas que versam sobre o fim do mundo). Destaco neste estudo o colonialismo como propulsor da narrativa escatológica judaico-cristã – instrumentalizada também como poder de dominação em diversos aspectos (racial, de gênero, sexual, de classe, cultural), especialmente epistêmicos. Além destes fatores estruturantes, o logos ocidental se modernizou com outros conteúdos e novas soberanas gestões administrativas de territórios marginais (inspirando o cosmopolitismo e o imperialismo, especialmente o norte-americano). Caudatário da narrativa escatológica ocidental, o Antropoceno reúne diferentes fundamentos do colonialismo, cujo resultado preconiza um modo cultural homogêneo hegemônico de habitar e de desabitar o mundo – gerando, com efeito, uma profusão de assimetrias. Quase desterritorializada, a geografia das fronteiras contemporâneas parece anunciar como ontologia imanente não mais divisas territoriais do globo terrestre, e sim quem pode viver e quem deve morrer.

Uma análise dos pressupostos e das consequências do conceito de religião no programa “Escola Sem Partido”

Danilo Mendes — 2024-12-12

O presente artigo tem por objetivo analisar o projeto de lei n° 867, de 2015, apresentado à Câmara dos Deputados do Brasil pelo então deputado federal Izalci Lucas, denominado “Programa Escola Sem Partido” refletindo sobre como o projeto de lei mobiliza o conceito de religião, verificando seus pressupostos e suas consequências para o debate público. Para tal, apresentamos parte da história do movimento Escola Sem Partido, considerando sua gênese em uma querela religiosa, bem como leituras críticas ao movimento em sua antipedagogia. Passamos, então, a uma leitura do projeto de lei identificando todas as suas utilizações do termo “religião”, bem como de seu correlato “crença”, e refletindo acerca dos usos. Por fim, identificamos uma proximidade entre a noção de religião do projeto de lei e as táticas fundamentalistas de oposição e defesa.

Apresentação

José Adriano Filho — 2024-12-12

Apresentação Reflexus 2024-2.

“A Cidade do Encante de Cobra”: encantaria e suas paisagens sutis na cidade de Bragança-PA

Jerônimo Silva — 2024-12-12

Os encantados são entidades evocadas nos terreiros de religiões afro-brasileiras, nas práticas de cura de pajés, rezadeiras e não sem frequência também se manifestam em corpos de animais dos rios e das matas (cobras, botos, macacos, aves). Além dos predicativos transformacionais, aos encantados é atribuído o poder de viverem em locais próprios nos fundos dos rios e debaixo das árvores, locais denominados de “encante”, “encantaria”, “morada do fundo” ou “cidade dos encantados”. A partir de pesquisa de campo com mães de santo, rezadeiras e pajés na cidade de Bragança, Zona Bragantina, nordeste do Pará, o artigo apresenta reflexões acerca dos espaços cosmológicos da encantaria que emergem nas relações entre os agentes da cura e os encantados bem como elementos constitutivos desta paisagem sociocultural.

Memória em discurso: ecos da pureza em diferentes campos

Saulo Albert — 2024-12-12

Este trabalho aborda a memória da pureza a partir dos trabalhos de Michel Foucault; nesse sentido, buscamos problematizar a pureza, verificando se ela se constitui como um objeto de discurso, ligado, em alguma medida, ao campo religioso e/ou ao campo da sexualidade; ou ainda, se é possível encontrar um conjunto de enunciados, no sentido de Foucault, vinculados à questão da pureza, permitindo, assim, que possamos defender a existência de um discurso da pureza. Para isso, o percurso teórico-metodológico adotado, em consonância com a arqueogenealogia foucaultiana, perpassa a noção de domínio de memória e recorre ao método indiciário, analisando importantes textos religiosos, filosóficos e históricos desenvolvidos em diferentes contextos sociopolíticos e culturais. A análise apontou para a possibilidade de a pureza ser entendida como um discurso.

Religião, política e Jerusalém: por uma compreensão do sionismo cristão

Breno Martins Campos — 2024-12-12

No cenário mundial atual, observa-se que sistemas políticos, dinâmicas de poder e interesses religiosos frequentemente se transformam em questões de Estado. Este artigo, portanto, tem como objetivo principal compreender os efeitos da conexão entre o religioso e a política na sociedade internacional e nas dinâmicas globais, com especial atenção à situação no Oriente Médio (Israel e Palestina). De maneira interdisciplinar, esta pesquisa pretende analisar, sob perspectiva histórica, cultural e política, a criação do Estado moderno de Israel e do sionismo cristão, bem como investigar como a categoria histórico-teológica de Israel é interpretada pelo movimento sionista cristão, globalmente e no Brasil. Para tanto, a pesquisa assume metodologia bibliográfica e exploratória, utilizando uma abordagem qualitativa dos dados. Os resultados foram obtidos através da leitura e análise de livros, artigos e documentos, com o intuito de contribuir para os estudos acadêmicos e fomentar uma reflexão crítica sobre o tema.

Ensino Religioso uma proposta para o Ensino Médio

Sérgio Junqueira — 2024-12-12

Para cumprir as finalidades do Ensino Médio, é proposto às instituições de ensino de caráter confessional, no processo de aprofundar e estabelecer a própria identidade, a darem prosseguimento ao componente curricular Ensino Religioso, contribuindo com a educação integral dos estudantes. A partir da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas constitui-se um campo cognitivo dedicado aos estudos da existência humana e das intervenções sobre a vida, problematizando as relações sociais, os conhecimentos produzidos, a contribuição às culturas e suas normas, desenvolvendo o estudo de questões vinculadas ao fenômeno religioso que impactam diretamente no cotidiano das sociedades. Para o estudante de Ensino Médio, o conhecimento religioso deve favorecer a construção de relações saudáveis, de respeito e dignidade pelo outro.

As finalidades da homilia: uma abordagem à luz da patrística

André Luiz Benedito — 2024-12-12

A reforma litúrgica promovida pelo Concílio Vaticano II empreendeu um universo de transformações rituais na Igreja ressoando na prática pastoral e na reflexão teológica. Dentre seus elementos, encontra-se a homilia. A reforma também acolheu importantes contribuições da teologia patrística. Porém, observa-se pouco aprofundamento nas relações entre a patrística e a pregação litúrgica. Metodologicamente é uma pesquisa de revisão bibliográfica, cujo objetivo consiste em abordar as finalidades da homilia à luz da patrística. Destacaremos suas três finalidades: explicativa, parenética e mistagógica. Em seguida, apresentaremos a iniciativa de Pierre Molinié que dialoga com os Padres Gregos no tocante ao tríplice munus da homilia: anunciar, celebrar e governar. Os resultados esperados consistem em evidenciar como as três dimensões se apresentam em algumas pregações de Ambrósio de Milão, cuja novidade aí reside. As ressonâncias entre a reforma litúrgica e a homilética ambrosiana evidenciam o avanço das contribuições patrísticas na prática litúrgica hodierna.

Os dias de quem sofre são como as sombras que passam

José Ancelmo Santos Dantas — 2024-12-12

Sl 102 possui uma moldura de súplica individual e participa da família dos Salmos penitenciais. Composto por 29 versículos e divididos em 04 estrofes expressam a prece de um “oprimido” (v. 1a) que canta ou reza ao Senhor, Deus de Israel seu lamento. Sintaticamente, frases nominais se alinham o tempo todo ao lado de orações verbais, concedendo ao poema lírico liberdade e soltura, frente ao leitor curioso e possuidor. Sete imagens constituem o conteúdo da prece dele (v. 4a-b5a.7a-b.8a.12a), mas como resposta a esta há doze ações por parte do Senhor, Deus de Israel, como tentativa de resposta ao quem lhe reza ou canta (vv. 13a-b.14a-b.17a-b.18a-b.20a-b.21a-b). Portanto, Sl 102 possui a estrutura de uma prece litânica. Muito provável que, a medida em que Sião (v. 17a) tenha recebido a engenharia divina, seus filhos e filhas, tenham visto o Senhor aparecer em glória (v. 17b). E, uma vez, o Senhor estando aí, então “chegou o momento de encontro” (v. 14c). Este último, entre outros feitos, mudará o ‘destino dos sem roupas’ (v.18a), ‘escutará o soluço de quem é prisioneiro’ (v. 21a) e ‘desamarrará os filhos da morte’ (v. 21b).

O sítio arqueológico de Corinto: nos caminhos de Paulo

José Ademar Kaefer — 2024-12-12

Corinto surgiu em torno da fonte Pirene e seu desenvolvimento se deve principalmente à sua localização geográfica. Com os dois portos, Concreia e Laqueu, interligados pelo Díolkos, Corinto construiu uma travessia por terra que ligasse o mar Egeu ao Golfo de Corinto. Com isso ela teve dois grandes períodos de desenvolvimento: o período clássico grego, quando se iniciaram a construção dos grandes monumentos, e o período romano, quando a cidade chegou ao auge do seu desenvolvimento. Este último foi o período em que Paulo morou na cidade e ali formou uma comunidade cristã. Paralelo à cidade baixa, desenvolveu-se também a Acrocorinto, cuja função principal era a de fortaleza militar.

Brazilian Physiotherapists’ Perceptions on Spirituality, Religiosity and Health: A Cross-sectional Study

Katia Reis Alves — 2024-12-12

Foi realizado um estudo transversal quali-quantitativo para traçar o perfil do fisioterapeuta brasileiro quanto à sua própria espiritualidade e analisar sua percepção sobre o efeito da espiritualidade ou da religiosidade na recuperação do paciente. Um questionário autoaplicável do Google Forms, incluindo a Escala de Bem-Estar Espiritual e o Índice de Religião da Duke University, além de duas questões abertas foi aplicado em 374 fisioterapeutas. As mulheres apresentaram maior religiosidade não organizacional e intrínseca, enquanto os homens apresentaram maior religiosidade intrínseca (p=0,005). Aqueles que viviam com companheiros também apresentaram maior nível de espiritualidade (p<0,005). Os fisioterapeutas brasileiros acreditam que o nível de espiritualidade interfere nos resultados do tratamento, muitas vezes incentivam a fé, a esperança, o otimismo, as práticas meditativas, as músicas relaxantes e os exercícios respiratórios e a busca de significado nos problemas de saúde.

A espiritualidade cotidiana frente a fragilidade da vida

Odete Liber de Almeida Adriano — 2024-12-12

A espiritualidade é uma forma de construção de sentido para a vida que ultrapassa as confissões religiosas e não depende de lugar, tempo ou códigos. Como, ao longo da vida as pessoas se deparam com muitas dificuldades, sendo que algumas delas podem levar ao adoecimento, a espiritualidade apresenta vários recursos para o enfrentamento de situações que muitas vezes são inevitáveis. O ato de envelhecer, por exemplo, especialmente quando acompanhado de doenças, traz sofrimento para a maioria das pessoas e, como tal, provoca angústias, tristeza, dor, especialmente em situações que envolvem a demência, mais comum em idosos, com sua incidência e prevalência aumentando significativamente com a idade. Esse artigo procura demonstrar como a espiritualidade oferece um referencial positivo, repleto de esperança para o enfrentamento da doença. A espiritualidade é benéfica para a saúde e qualidade de vida. É também fonte de força e amparo para lidar com a realidade de familiares cuidadores de idosos com demências, bem como inspiração para sentimentos de gratidão e satisfação.

Teologia e Políticas Públicas: a condição humana entre Malcos, Samaritanos e Barnabés

Adilson de Souza Filho — 2024-12-12

O que antes era apenas uma abstração, dos mais esperançosos, de um dia tornar-se popular na sociedade brasileira, hoje vivemos, inegavelmente, o tempo do empoderamento da representação evangélica como a religião que mais cresce no país. De espaços públicos – como a conhecida e divulgada marcha pra Jesus, realizada há anos na tradicional Avenida Paulista – a espaços tipicamente específicos consagrados como igrejas – até mesmo uma réplica do templo de Salomão - para as enormes concentrações de pessoas, bem como a expressiva bancada evangélica de deputados federais, estamos assistindo a grandes e a perceptíveis mudanças sociais em nosso país. Do fundamentalismo religioso ao advento da polarização entre progressistas e extremistas de direita, vivemos atualmente um caldo de cultura que não pode mais ser ignorado pela imprensa oficial, pela academia e pela política. Neste artigo abordaremos esse assunto sob a premissa da política, da teologia e das ciências humanas.

Crise climática e escatologia do cuidado

Alonso S. Gonçalves — 2024-12-12

O artigo é sobre a escatologia da igreja e como esse ramo da teologia cristã pode contribuir para que a igreja trate as mudanças climáticas com compromisso ético e responsabilidade teológica. Para esse intento, estamos trabalhando a escatologia e sua relação com a crise climática, procurando demonstrar a contribuição que a mensagem de esperança da igreja pode ter nesse cenário de mudanças climáticas, começando pela própria igreja. Dessa maneira, este texto parte do pressuposto de que as mudanças climáticas são uma realidade e, por essa razão, não está em discussão a negação dessa realidade em hipótese alguma. Para que a igreja forneça uma escatologia do cuidado, tendo como discussão as mudanças climáticas, será preciso repensar aspectos da escatologia que, por algumas razões, prejudicaram a participação da igreja nesse debate. A proposta desse artigo é repensar a escatologia tendo no seu horizonte a crise climática que todos nós estamos envolvidos.

A liberdade religiosa como elemento fundamental ao estado democrático de direito

Adriano Sousa Lima — 2024-12-12

Este artigo aborda a liberdade religiosa como elemento fundamental ao Estado Democrático de Direito, haja vista a imperiosa importância e discussão inerente ao tema, decorrente da autonomia de vontade correlacionada com a fé religiosa. A importância dada ao presente tema, atualmente, ganha cada vez mais atenção, tanto dos operadores do direito, quanto da própria sociedade, haja vista que guardam relação direta com os direitos fundamentais preconizados pela Constituição da República e, assim, com o Estado Democrático de Direito. A relevância quanto ao tema no âmbito das Ciências das Religiões e Teologia se demonstra de suma importância, vez que dia após dia vem ganhado corpo no Direito e, assim, em nosso Estado Democrático de Direito, tendências de compreensão e, inclusive, novas regulamentações positivadas que vão de encontro com nossos princípios e ideais democráticos, fortalecendo a necessidade do debate interdisciplinar. Sendo assim, a partir de um sólido referencial teórico, objetiva-se apresentar a liberdade religiosa como um direito fundamental constitutivo para o Estado Democrático. Nesse sentido, a liberdade religiosa é também um elemento importante para compreender o pluralismo cultural e religioso da sociedade brasileira. Assim, os autores concluem: num país cuja diversidade religiosa é latente, o respeito à liberdade de crença é absolutamente necessário e fundamental no fortalecimento da democracia.

Nominata de Avaliadores 2024

José Adriano Filho — 2024-12-12

Nominata de Avaliadores 2024.