Notas sobre o uso de Ezequiel, Daniel, Jeremias e Isaías no Apocalipse de João

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DOI:

https://doi.org/10.20890/reflexus.v18i1.2908

Resumo

O Apocalipse de João utiliza as Escrituras Judaicas mais do que qualquer outro livro do Novo Testamento. Como um texto que representa o clímax da tradição profética, é natural a presença de modelos proféticos na composição do Apocalipse. O seu autor recorre a imagens e tradições das Escrituras Judaicas, dando-lhes novos significados. Os destinatários do Apocalipse estavam também familiarizados com estas imagens e tradições e entenderiam o seu significado. Esse artigo indica a presença da Escrituras nos relatos da comissão profética de João (Ap 1,9-20 e 10,1-11), no relato dos monstros do mar e da terra (Ap 13,1-18), na apresentação da queda da Babilônia e do colapso do mundo associado a ela (Ap 18,1-24) e na descrição de novos céus e nova terra e da nova Jerusalém (Ap 21,1-22,5). Há diferenças e similaridades entre o Apocalipse e os textos das Escrituras Judaicas que são utilizados, mas sua a audiência é convidada a se reapropriar das metáforas bíblicas através da perspectiva do Apocalipse.

Biografia do Autor

José Adriano Filho, Faculdade Unida de Vitória

Pós-doutor em Teologia (Princeton Theological Seminary, 2017-2018); doutor em Teoria e História Literária (Unicamp, 2013) e em Ciências da Religião (UMESP, 2000).

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Publicado

2024-06-30

Edição

Seção

Dossiê: Estudos de exegese e interpretação bíblica