Horizontes epistêmicos da educação antirracista: uma ressignificação ontológica do fazer, do ser e do pensar. Perspectivas anticolonialistas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20890/reflexus.v18i2.2818

Resumo

As mais antigas civilizações têm suas próprias cosmogonias (mitos fundadores acerca do mundo), e muitas delas também possuem suas escatologias (narrativas que versam sobre o fim do mundo). Destaco neste estudo o colonialismo como propulsor da narrativa escatológica judaico-cristã – instrumentalizada também como poder de dominação em diversos aspectos (racial, de gênero, sexual, de classe, cultural), especialmente epistêmicos.  Além destes fatores estruturantes, o logos ocidental se modernizou com outros conteúdos e novas soberanas gestões administrativas de territórios marginais (inspirando o cosmopolitismo e o imperialismo, especialmente o norte-americano). Caudatário da narrativa escatológica ocidental, o Antropoceno reúne diferentes fundamentos do colonialismo, cujo resultado preconiza um modo cultural homogêneo hegemônico de habitar e de desabitar o mundo – gerando, com efeito, uma profusão de assimetrias. Quase desterritorializada, a geografia das fronteiras contemporâneas parece anunciar como ontologia imanente não mais divisas territoriais do globo terrestre, e sim quem pode viver e quem deve morrer.

Biografia do Autor

Adeir Ferreira Alves, UnB; SEEDF

Doutor em Metafísica (UnB, 2024), mestre em Direitos Humanos e Cidadania (UnB, 2019), especialista em Filosofia e Existência (UCB, 2014), bacharel e licenciado em Filosofia (Inst. Sto. Tomás de Aquino, 2006), membro do GEPPHERG/FE-UnB e NEAB-UnB, professor de Filosofia da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

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Publicado

2024-12-12

Edição

Seção

Dossiê: Religião, fundamentalismo e política no Brasil contemporâneo