Religião, discurso religioso e saúde mental

Autores

  • Francisco de Assis Souza Santos Faculdade Unida, Brasil
  • Lidiane da Silva

DOI:

https://doi.org/10.20890/reflexus.v17i2.2667

Resumo

O presente artigo se propõe a estabelecer uma interface dialógica entre a religião, o discurso religioso e a saúde mental. A religião, seja ela qual for, quando não equilibradas, pode causar danos à saúde mental e comportamental de pessoas fragilizadas em sua identidade e que se ligam a algum grupo religioso. Objetivou-se refletir e discutir como e porque a religião levada ao extremo contribui para certas condutas de efeitos negativos, inclusive a certo grau de fanatismo que resulta na necessidade de intervenção psiquiátrica ou ainda possa, no caso de predisposição genética, desenvolver doenças psicopatológicas ou surtos psicóticos a ponto de o sujeito atentar contra a própria vida. Inferiu-se daí que pacientes psiquiátricos são facilmente manipulados pelo discurso de religiões avivadas, com grandes chances de se tornarem fanáticos religiosos e abandonarem o tratamento medicamentoso, acreditando na cura pela fé – consequência que os leva à piora da saúde mental. Entende-se que o objetivo das diferentes religiões é promover equilíbrio, conforto  e bem-estar na relação do ser humano com o sagrado, tentando assim atender aos anseios profundos que conduzam ao entendimento de sua existência.

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Publicado

2023-07-01

Edição

Seção

Dossiê: Religião e cultura