Teorias da linguagem e leitura bíblica: provocações pós-metafísicas a partir de Eleazar Meletinski e Northrop Frye
DOI:
https://doi.org/10.20890/reflexus.v14i1.1702Resumo
“Texto” é toda unidade semiótica, cujas tramas internas produzem sentido. Para a exegese bíblica a Escritura é o campo de disputa de interpretação e lugar de trabalho. Durante muito tempo, as ciências bíblicas preocupavam-se especialmente com questões relacionadas à autoria, significado histórico, contexto social, genealogia de tradições e outros horizontes através dos quais perguntas voltadas para o “além-texto” eram priorizadas. Com a derrocada do paradigma do sujeito e a crítica às ingenuidades metodológicas em torno da relação direta entre linguagem e realidade, novas propostas conquistaram espaço. Mudanças epistemológicas a partir da Linguist Turn, por exemplo, foram fundamentais nas ciências, dando-lhes contornos pós-metafísicos. Neste ensaio, serão evocadas no âmbito dessa discussão epistemológica algumas das principais ideias advogadas pelos críticos literários e filósofos da linguagem Northrop Frye e Eleazar Meletinski, pretendendo, à luz de suas intuições e propostas, perceber contribuições para a exegese bíblica. Inicialmente, contextualizaremos a discussão apresentando a Virada Linguística e depois apresentaremos as teorias da linguagem de Frey e o conceito “arquétipo literário” postulado por Meletinski, o que possibilitará intuições metodológicas nas ciências bíblicas.Downloads
Publicado
2020-06-30
Edição
Seção
Dossiê: Ciências da Religião: epistemologias e metodologias
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