As raízes da questão sobre as Sagradas Escrituras em Agostinho e em Lutero

Autores

  • André Luiz Rodrigues da Silva Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Agenilton Marques Corrêa

DOI:

https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2609

Resumo

Este artigo almeja conjugar e aprofundar o conteúdo dos ensinamentos de Agostinho e de Lutero sobre as Sagradas Escrituras, em particular no que diz respeito às intuições que eles tiveram, ainda em vida, em confronto com os seus respectivos opositores sobre o lugar ideal para o sentido literal da Bíblia. Na tentativa de dirimir as dúvidas de um escrito precedente, Agostinho escreve o De spiritu et littera, assumindo as referências da carta de Paulo aos Romanos para combater as teorias pelagianas que defendiam a autonomia do homem em relação à graça divina. Lutero se opõe ao semipelagianismo de Erasmo e de Emser, comentando a carta de Paulo aos Romanos com citações diretas e explícitas do De spiritu et littera de Agostinho. Dessa maneira, tanto em Agostinho quanto em Lutero é possível enxergar a relação profunda do tema bíblico com as questões que envolviam o tema da graça, do livre-arbítrio e da vontade humana.

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Publicado

2022-07-04

Edição

Seção

A Atualidade de Agostinho de Hipona: Questões contemorâneas à luz de um pensador antigo