IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum <p><strong>In Totum - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória</strong> é uma publicação semestral eletrônica de acesso livre da Faculdade Unida de Vitória. Publica exclusivamente os Cadernos de Resumos e os Anais dos eventos acadêmicos da Faculdade.</p><p><strong>Missão:</strong> Na forma de resumos ou de textos completos, divulgar as pesquisas apresentadas no âmbito dos eventos acadêmicos da Faculdade Unida de Vitória.</p> pt-BR IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória Apresentação https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2227 O Simpósio do Mestrado Profissional em Ciências das Religiões da Faculdade Unida de Vitória é um evento do tipo catálogo, com data e local fixos. Com edições tematicamente independentes, ocorre durante os módulos do mestrado, uma vez em janeiro e outra vez em julho. As mesas ou sessões temáticas são coordenadas exclusivamente por professores do Mestrado em Ciências das Religiões da Unida. Por tratar-se de evento da Faculdade, historicamente tem recebido o Salão de Pesquisa da Graduação em Teologia, contribuindo para a formação e o aperfeiçoamento da formação de inúmeros estudantes de Ciências das Religiões e da Teologia. . . Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE DOS PAIS NO ENFRENTAMENTO DO CÂNCER INFANTIL https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2132 O câncer infantil tem um enorme impacto na vida das crianças e de suas famílias, forçando-as a enfrentar experiências estressantes, cheias de angústia, medo e sofrimento. Geralmente, o câncer envolve um tratamento prolongado que demanda cuidados e implica várias mudanças, como adaptações a novas rotinas, incertezas sobre o tratamento, ansiedade, mudanças nos contextos afetivos e emocionais, preocupações com o bem-estar e a coesão familiar, trazendo sentimentos de dúvida e impotência. Para lidar com o impacto causado pelo câncer infantil, a família utiliza diferentes estratégias de enfrentamento, dentre as quais a espiritualidade/religiosidade, como forma de minimizar o sofrimento. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é analisar a influência da espiritualidade no atendimento oncológico infantil, envolvendo aspectos biopsicossociais da criança e da família frente à doença. A relação entre espiritualidade e saúde tem se tornado, ltimamente, um tema de crescente interesse entre os pesquisadores, pois foi notada uma influência positiva da espiritualidade no bem-estar das pessoas. Estudos têm demonstrado que a spiritualidade/religiosidade surge como uma estratégia de enfrentamento que auxilia a família de pacientes pediátricos no enfrentamento do câncer. A pesquisa destacou que a espiritualidade é considerada uma fonte de conforto e esperança, contribuindo para uma melhor aceitação da família sobre a condição crônica da criança com câncer. Analice Soares Magalhães Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A LINGUAGEM RELIGIOSA DO MEDO EM HOBBES: UMA LEITURA DO LEVIATÃ https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2133 Este trabalho propõe uma reflexão sobre a filosofia da linguagem no Leviatã hobbesiano, primeiramente, é discutir o papel do medo nos relacionamentos sociais e religiosos no Leviatã. O medo e a esperança, neste sistema operam como ferramenta da ordem política, é o motor propulsor da obediência as leis emanadas do Soberano. A base do poder coercitivo do Estado e o medo. A intenção de Hobbes é apropriar-se do temor que inspira o monstro bíblico leviatã para impor a obediência dos indivíduos ao Estado soberano. Hobbes separa as funções da Igreja das funções do Estado. Ao investigar o medo no Leviatã com enfoque nas Ciências da Religião dividi o artigo em três tópicos: o primeiro é desenvolvido a filosofia da linguagem no Leviatã, cuja linguagem é prática e útil, substitui o real apenas por convenção utilizada para definir ou fazer referência a determinada coisa, descartando a metafísica. No segundo ponto é desenvolvido o tema do medo e religião. Hobbes descreve o medo com o mesmo sentimento que os cristãos sentem diante de Deus, não como um tirano, mas como um soberano. No terceiro tópico, o medo como propulsor do poder no Estado Leviatã. E por fim uma pequena conclusão. Ashbell Simonton Redua Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ANTROPOLOGIA DO CORPO NO CONTEXTO DE DAVID LE BRETON https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2134 <p>A cada época, nova teorias intentam explicar o mistério acerca do corpo humano, pois as pessoas possuem características singulares que as tornam únicas; enquanto que todos nós possuímos um mesmo ritmo de sincronização fisiológica e orgânica. Esse metabolismo do corpo está presente em cada indivíduo, e forma as estações da vida que surgem e passam. Dado a isso, há os que frequentam escolas, que formam famílias e tornam-se profissionais de sucesso, e chegam a velhice. Enquanto outros, não sobrevivem além do ventre materno, ou não vivem muito tempo após o nascimento; assim seguem de forma radicalmente oposta.<br />Mediante esse complicado e ao mesmo fascinante sistema que envolve o corpo humano, a tradição religiosa cristã busca oferecer explicação de conceitos relacionados ao corpo/alma, a alma/espírito, aos fenômenos psíquicos e as atividades da vida espiritual. A ciência também tenta decifrar esse enigma; porém, até que ponto são esses fenômenos atingidos pela morte? Que é a morte, se o homem não é tão somente corpo, mas também não pode viver sem a corporalidade? Que é o homem, se a morte, destruindo o corpo, põe um termo à sua vida psíquica e espiritual? Dado as indagações e contradições acadêmicos e teológicos sobre o tema, este estudo trata de descrever a antropologia do corpo, no contexto de David Le Breton.</p> José Calixto Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 EM QUE MEDIDA A RELIGIÃO ESTÁ PRESENTE INFLUENCIANDO NA DISCIPLINA DOS ALUNOS DE FORMA POSITIVA OU NEGATIVA? https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2135 <p>O presente trabalho tem por objetivo identificar a influência da religião em alunos encaminhados ao SAED no município de V. V.<br />Sendo assim, o 1º capítulo abordará o Regimento Disciplinar, dentro de sua normatização onde dá atribuições à família no acompanhamento escolar bem como as medidas educativas disciplinares aos discentes. Diante dessa abordagem serão enfatizadas as propostas da Vara da Infância, Mediação Escolar e Círculos de diálogo e a importante parceria com a Policia Civil com o Projeto Papo de Responsa, no desenvolvimento de competências sócio emocionais conforme aborda o Instituto Ayrton Sena/Educação para século 21: processo onde crianças e adultos aprendem a colocar em prática atitudes e habilidades para controlar emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e tomar decisões de maneira responsável. O 2ºcapítulo tratará a relação entre disciplina e religião na perspectiva da educação, apresentando através das bibliografias existentes, as formas como a religião pode influenciar no comportamento disciplinar dos alunos. Visando enriquecer o estudo, o 3º capítulo utilizará a religião como elemento de pesquisa, identificando por meio de entrevistas os efeitos positivos e negativos da religião nos conflitos e na busca da identidade na adolescência. Tal metodologia corroborará com os objetivos deste trabalho, sendo desenvolvida com alunos e pais atendidos no setor disciplinar, bem como com os professores.</p> Sandra Campos Ferreira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ENSINO RELIGIOSO NA PERSPECTIVA DO ADOLESCENTE NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA EM VILA VELHA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2136 A pesquisa com adolescente de escola pública visa compreender suas experiências em relação ao ensino religioso e suas perspectivas quanto à religião. Veruska Sidronil da Silva Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL (IECLB) SUA PRESENÇA E ATUAÇÃO NO ÂMBITO DA EDUCACIONAL EM DOMINGOS MARTINS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2137 Compreende-se que o legado da igreja luterana é essencial para que os educandos conheçam a história e valorizem a sua própria língua e cultura mediante descrições das possibilidades educacionais que podem evidenciar e expandir o saber. Logo, o processo de aprendizagem da linguagem escrita é um assunto de valor considerável, especialmente, de comunidades singulares , como a de Domingos Martins que podem vir a perdê-las devido a escassez de materiais publicados acerca do tema. Assim, é preciso que a escola e comunidade tenham um compromisso efetivo com a manutenção da linguagem escrita, pois é através dela que nos comunicamos e promovemos a cultura da região nos encontramos inseridos dialogando com aqueles que viveram o passado e nos possibilitando um futuro dialógico com a educação. Antônio do Rosário Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE SEXUAL E RELIGIÃO EM UMA TURMA DE ENSINO MÉDIO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DO RJ https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2138 Partindo do suposto de que muito ainda deve ser pesquisado sobre educação, diversidade sexual e religião, principalmente diante do cenário político atual onde há uma efervescência de conflitos, advindos das diferentes concepções que as pessoas tomam como verdades absolutas. Desta forma a pesquisa buscou dados que permitam refletir sobre o comportamento da sociedade atual, bem como a posterior. Este enredo se deu observando a relação entre diversidade sexual e religiosa e suas implicações no ambiente escolar. Sabe-se que a perspectiva religiosa de um indivíduo influencia diretamente na maneira de agir ou pensar, o que deve ser levado em consideração quando se estuda o comportamento humano. Na questão sexual, observa-se ao longo deste trabalho, que apesar de ser algo extremamente complexo, deve ser trabalhado com os alunos, de maneira a se ampliar o entendimento e a consciência de direitos humanos. Edeson dos Anjos Silva Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ESCOLA SEM PARTIDO, UMA MUDANÇA DE IDEOLOGIA E NÃO SUA EXTINÇÃO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2139 O Estado a despeito de ser "laico", oportuniza e chancela ou o protestantismo na sua vertente mais carimbada no Brasil ou o catolicismo no ensino religioso que é facultado, mas oportunizado às suas custas. Pasmem! que não há opção para uma disciplina dos "sem religião" ou do espiritismo e, a situação fica ainda pior se questionarmos sobre as religiões de origem afro. O preâmbulo da Constituição da República invoca o Poder de Deus, e diz que foi promulgada "sob a proteção de Deus", que deus é esse? O Deus dos católicos, dos evangélicos, dos espíritas, dos umbandistas, ou das demais religiões afro? O problema fica pior quando o então presidente da república afirma em seu discurso de posse que vai acabar com a ideologia nas escolas. Se a questão é ideológica, o discurso religioso como ideologia deve ser abolido? Mas o que observamos é uma forte inclinação de adoção de uma nova ideologia pregada pela Educação Moral e Cívica, que, como um passe de milagre, levanta do sepulcro no discurso do, na época, Ministro da Educação. Não é demais recordar que o ensino da educação moral e cívica serviu aos propósitos de governos militares e ditaduras. Se o então presidente tem intenção de abolir a ideologia das escolas, como afirmado em seu discurso de posse, com a formação de uma escola sem partido, o que significa a manutenção do ensino religioso ou o acréscimo do ensino da educação moral e cívica dá entonação ideológica em substituição à ideologia anterior. Fabrino da Rocha Colli Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 CAPOEIRA, RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE: UM ESTUDO NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO-FÍSICA EM ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2140 O estudo levanta a seguinte questão: a capoeira, considerando-se seus aspectos culturais e religiosos, pode ser aceita como atividade das disciplinas de Educação Física e Ensino Religioso, em escolas de Ensino Fundamental de Vila Velha? Como objetivo geral de investigar, com base teórica aos métodos de ensino, como a capoeira pode ser aplicada nas aulas de Educação Física interagindo com o Ensino Religioso, ressaltando seus aspectos religiosos e culturais nas escolas. O estudo também buscará os seguintes objetivos específicos: desenvolver levantamento teórico-literário da capoeira, para conhecer as melhoras formas de aplicação na Educação Física; identificar, por meio de pesquisa de campo, as principais vantagens e dificuldades do ensino de capoeira na Educação Física, ressaltando seus aspectos religiosos e culturais; desenvolver atividades relacionadas à capoeira, que possam ser trabalhadas, combinando os conteúdos das disciplinas Educação Física e Ensino Religioso, de modo a serem aplicadas nas escolas, nos moldes exigidos pela BNCC. A escola é o principal veículo de informação nos diferentes métodos de ensino e aprendizagem, sendo usada para facilitar e levar conhecimento aos alunos. Dessa forma, a capoeira cumpre com requisitos básicos da Educação Física, possuindo características culturais que podem ser trabalhados em parceria com o Ensino Religioso. Heverson Pereira Miranda Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 DIVERSIDADE SEXUAL NO CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE E SAÚDE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2141 A diversidade sexual é uma gigantesca temática que ganha evidência em várias discussões políticas, biomédicas, sociais e antropológicas, onde artifícios discriminatórios e de exclusão possuem grande destaque. Estudar e entender a ligação entre a espiritualidade e sua influência no processo saúde-doença vem estabelecendo estudos frequentes na área da saúde. Unir esses assuntos em um único estudo tem como objetivo observar até que ponto o preconceito pode prejudicar a espiritualidade e saúde da população lésbica, gay, bissexual, travesti e transexual (LGBT). O processo de exclusão LGBT não está restrito apenas ao ambiente religioso, porém, a LGBT fobia incide de um passado de influências das religiões judaico-cristãs. Desta forma, ensinamentos e valores religiosos formaram-se como fatos incontestáveis, tornando-se válido a sexualidade exclusivamente como ato sexual que possui o objetivo final da procriação, desde que dentro do casamento. A homofobia tende a afligir os indivíduos no período de descoberta da sua sexualidade, muitas vezes, não possuem um grupo de suporte, tornando-os mais vulneráveis à depressão e ao suicídio. Na saúde, enfrentam dificuldades em comunicar-se com os profissionais da área médica, algumas vezes por medo de revelar sua identidade de gênero, dentre outras barreiras. Sendo assim, o preconceito nessas áreas, impede o indivíduo pertencente ao grupo LGBT de vivenciar o bem-estar físico, psíquico e espiritual. Jéssica de Abreu Arruda Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A SACRALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO E A NECESSIDADE DE DES-SACRALIZÁ-LA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2142 No decorrer da história, as religiões não têm participado ou promovido, efetivamente, mudanças sociais em relação à superação da ideia que se tem sobre a subordinação feminina, muito pelo contrário, com enorme assiduidade têm reforçado/desenvolvido representações domesticadoras, impondo que o ser mulher se restringe ao papel de boa mãe, esposa, dona de casa, fiel religiosa, cuidadora dos outros e não de si mesma, entre outros atributos. Porém, essas atribuições dadas à mulher implicam reproduzir as normas já objetivadas que reservam às mulheres mais alguns atributos como: fragilidade, submissão, cuidado (com os filhos, marido e atividades domésticas). A partir desse contexto, identifica-se que há uma grave violência de gênero imbricada à violência simbólica. Observa-se que são feitas, irresponsavelmente, hermenêuticas de textos bíblicos que consequentemente legitimam a violência de gênero no espaço religioso. Não é só produzida, de certa forma, a violência de gênero, mas ela é também sacralizada mediante aos discursos que grande parte dos líderes fazem; levando/induzindo as pessoas a entenderem/compreenderem tal premissa como uma verdade sagrada. Leicyelem V. Rondow Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 E DEUS NOS FEZ: ASSIM! https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2143 A Igreja Católica tem se manifestado muito negativamente frente aos Estudos de Gênero e mobilizado muitos de seus membros para denunciar esta nova “filosofia da sexualidade” taxando-a de “ideologia” e perseguindo seu uso, utilizando-se da sua teologia, principalmente com a interpretação bíblica da criação tendo como base o conceito metafísico de “natureza”. Isso protagonizou uma verdadeira “cruzada” contra todas as políticas de gênero em favor de minorias e diversidades. O Pontificado de Francisco, apesar de ser pastoralmente mais aberto, adota a mesma perspectiva teológica de seus predecessores, fechando inclusive a questão da impossibilidade “sacerdócio feminino”, como uma caso resolvido desde o Papa São João Paulo II ou ainda, na fixação do único matrimônio possível entre um homem e uma mulher. Ora, partindo do próprio Papa Francisco, para quem: “O conhecimento da verdade é progressivo”, seria possível promover uma revisitação da doutrina permitindo uma maior emancipação religiosa das mulheres e outras diversidades de gênero? Uma nova teologia ou pelo menos uma interseção com o tema? Para filósofa Judith Butler “o gênero estabelece interseções com modalidades raciais, classistas, étnicas, sexuais e regionais de identidades discursivamente constituídas” e o nosso propósito é demonstrar que novos discursos são possíveis, inclusive uma Teologia do Gênero, que ainda incipiente promete demarcar o seu lugar. Reuber Côgo Daltio Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A INFLUÊNCIA COMPORTAMENTAL RELIGIOSA NA QUALIDADE DE VIDA DO MÉTODO PILATES EM IDOSOS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2144 A religião tem papel fundamental atuante no ser humano. O comportamento das pessoas é influenciado, mas também questões de identidade do indivíduo, de caráter, de ética humana. Nos idosos tais comportamentos, ainda sim, são mais presentes por sua trajetória de vida e por isso determinante em diversas áreas da sua vida, como sua saúde corporal e mental. A população brasileira vem envelhecendo em ritmo acelerado, cujos principais determinantes dessa transição demográfica são a redução expressiva na taxa de fecundidade, associada à forte redução da taxa de mortalidade infantil e o aumento da expectativa de vida. Estima-se que, em 2025, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos, alcançando cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais (IBGE, 2010). Sabe-se que com o passar dos anos, o ser humano passa por diversas alterações biológicas, fisiológicas, anatômicas, psíquicas e funcionais inerentes ao processo de senescência, sendo este caracterizado como um processo dinâmico e progressivo influenciado por fatores como ambientais, sociais e psicológicos (LOPES et al., 2009). Uma das características marcantes no processo de envelhecimento fisiológico é o declínio da capacidade funcional afetada por alterações neurologias, osteomioarticulares e cardiorrespiratórias entre outras (MEIRELES et al., 2010). Rosimeri Moraes Ferreira de Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 VIOLÊNCIA SIMBÓLICA JUDAICO-CRISTÃ CONTRA A MULHER E A CIBERCULTURA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2145 O direito a intimidade tão em voga no ciberespaço é permeado de relações intrínsecas com a vontade de ver e ser-visto sartriana. A bem da verdade a internet permite que se veja, seja-visto e ainda que se veja sem que o outro perceba que esteja sendo visto (ver-sem-ser-visto), é o que nos leva a buscar entender o fenômeno da extimidade virtual. O maior frisson da contemporaneidade é a possibilidade da internet permitir espiar diuturnamente a vida alheia por meio das janelas virtuais, testemunhando cada fato, cada foto e cada “compartilhar”. Os homens e as mulheres do século XXI, vivem suas vidas embriagados em parafernálias tecnológicas, tal fascínio é reflexo do nosso entorpecimento narcísico e da sensação do (a) internauta nunca estar sozinho (a). É de se registrar que a tela do celular, do computador, do tablet, é apenas instrumento, meio, caminho de interação, mas não universo distinto da realidade. Isto é, a intimidade não é igual àquela de outrora, já que não há uma fronteira fixa entre o público e o privado, havendo, na verdade, interseções contínuas e recíprocas entre eles. Oportuno registrar ainda que o legislador brasileiro optou recentemente por alocar o direito à intimidade como forma de violência contra a mulher por meio da Lei 13.772/18, a qual foi incluída na Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha). Em razão disso, é no encontro da análise da intimidade e da extimidade que se perceberá a violência simbólica judaico-cristã contra a mulher no ciberespaço. Tatiane Martins Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O SURGIMENTO DA PAB https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2146 Em 1988 surge a Pastoral Afro-brasileira, fruto de uma demanda e vulnerabilidade do negro, que carrega consigo uma história de luta, resistência e persistência, tanto na sociedade quanto dentro da Igreja. Através da Campanha da Fraternidade (CF) da Igreja Católica, cujo título era “Fraternidade e o Negro” e o tema da campanha “Ouvi o clamor deste povo”. A Campanha de 88 condenou todo tipo de discriminação, preconceito, marginalização e racismo no seio da Igreja Católica. Wanderson Fernandes de Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O DISCURSO IURDIANO E SEU EMPODERAMENTO TRANSTEMPORAL https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2147 Com o advento da internet se reconfiguraram as distâncias entre o destinador e o destinatário do discurso. A linguagem midiática atingiu o campo religioso criando o que poderíamos chamar de empoderamento transtemporal. Utilizando-se desse potencial da internet a Igreja Universal do Reino de Deus criou o Portal Arca Universal, que unifica todas as mídias da denominação. Isso permitiu o contato direto com os pastores, inclusive com o bispo Edir Macedo. O objetivo dessa comunicação é evidenciar esse processo de mudança do ambiente físico para o transtemporal. Com isso, pretende-se mostrar como o discurso iurdiano faz uso do empoderamento transtemporal e se fortalece a partir dele. Adiclécio Ferreira Dias Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O ENSINO RELIGIOSO NO BRASIL E SUAS REFLEXÕES https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2148 No Brasil, o Ensino Religioso está presente no sistema educacional desde o período colonial, tendo se reconstruído ao longo da história, passando por várias concepções. Assim sendo, como objetivo principal é apresentar a trajetória do Ensino Religioso no Brasil, descrevendo a evolução da legislação que o fundamenta, desde a colonização do país até o presente. Destacando também que o Ensino Religioso nem sempre trabalha com saberes cuja veracidade pode ser testada, igual ocorre com a Física ou com a Biologia. Mais ao estilo do saber filosófico, o Ensino Religioso cuida da formação ética dos/as estudantes, preparando a consciência dos/as educandos/as, de modo a auxiliá-los/as a ser pessoas melhores, bem como buscando a construção de um mundo melhor e mais justo. Ana Paula Boone Kruger Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 AUTISMO, EDUCAÇÃO E RELIGIÃO: AVANÇOS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2149 A legislação brasileira no decorrer de alguns anos para o Transtorno do Espectro Autista que apararam crianças e adolescentes suas conquistas até a atualidade e seus cumprimentos. Desde o século XIX a criança e adolescente era considerado mão de obra dentro das comunidades rurais, com um número grande de deficientes teve uma mudança. Na década de 70 iniciou-se o movimento para as pessoas deficientes que eram consideradas invisíveis para a sociedade. No século XX foi criada a associação de pessoas com deficiência intelectual. Na história política de pessoas com deficiência no Brasil foi dado a partir de movimentos conjuntos com os negros e mulheres, assim pode se pensar no início de uma nova história. A busca de uma democracia e a relação junto com o envolvimento cidadã, foi o que fez com todas as conquistas estivessem êxito, mas as conquistas especificas dos autismos aqui no brasil, só teve início em 1983 com a criação da primeira associação que foi a AMA localizada em São Paulo, tem o significado de Associação de Amigos Autistas. Assim inicia toda uma luta a favor de direitos para crianças e adolescentes autistas. Andréia Ferreira Pimentel Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 JUVENTUDE NA PÓS-MODERNIDADE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2150 Para entendermos o comportamental social da geração atual, precisamos nos demorar numa compreensão do conceito de juventude na mentalidade pós-moderna. A primeira pergunta que precisa ser feita é: o que é a juventude? Qual a faixa-etária compreendida por esse grupo? Mas essa definição temporal não é o suficiente. A segunda pergunta seria: qual o comportamento da juventude? Como este setor reage ao pensamento pós-moderno? Que influências a juventude traz à atualidade, e que mudanças a atualidade provoca na juventude? Esta comunicação pretende, a partir de pesquisadores e pensadores como Allan Novaes, Regina Novaes, Marcelo Camurça, Cecília Mariz, José Pais, Zygmunt Bauman e Pierre Bourdieu, compreender o conceito de juventude, seu papel e características numa sociedade pós-moderna. Danny Bergami Bravo Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 PENTECOSTALISMO E POLÍTICA NO BRASIL https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2151 Dois novos agentes religiosos importantes surgiram na América Latina no século XX e incidiram sobre a ordem político-social da região, a saber, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e as igrejas pentecostais. O primeiro não será objeto dessa reflexão, pois está relacionado a um segmento mais progressista, que foi a Teologia da Libertação, e teve impacto sobre setores do catolicismo e de um pequeno ramo protestante. O segundo agente religioso é o que de fato nos interessa, dado o tema da atuação política dos pentecostalismos, especialmente no contexto brasileiro. De recorte mais conservador, os pentecostais foram capazes de se alinhar com a ultradireita no Brasil, apesar de existirem grupos de pentecostais de esquerda. Historicamente no Brasil, nunca esteve no poder uma esquerda radical, somente uma esquerda moderada, de inclinação centro-esquerda. E a direita brasileira que assume o poder majoritariamente não se assemelha com a direita europeia, pois está mais alinhada com uma ultradireita, especialmente em questões de costumes e instituições sociais. Em questões econômicas essa distinção se dissolve, pois, as políticas neoliberais vêm se fortalecendo a cada década. Esta comunicação coloca em discussão o suposto “voto pentecostal” nas eleições de 2018 e leitura inflacionada sobre a participação dos pentecostais na política nacional. David Mesquiati de Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 OS JESUÍTAS NO BRASIL COLÔNIA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2152 Os jesuítas eram os membros de uma Ordem chamada Companhia de Jesus, criada por Inácio de Loyola na Universidade de Paris, em 1540, para defender o catolicismo e o poder papal contra os protestantes. A descoberta do Novo Mundo e as possibilidades abertas com o comércio nas Índias abriram caminhos interessantes para a catequese e a obtenção de novos adeptos para a religião que defendiam. Assim, os jesuítas assumiram com ímpeto essa missão. Em 1540, os primeiros já chegavam a Portugal; logo depois, marcavam presença na Índia, no Japão e em certas regiões da América. Em 1548, participaram da fundação da cidade de Salvador, onde instalaram um colégio para meninos índios e filhos dos colonos. No Brasil, os jesuítas foram o primeiro grupo de homens cultos que chegaram à colônia. Tinham o costume de registrar suas observações em cartas que enviavam para Roma e para outros núcleos de catequese (deixando para os historiadores um valioso testemunho da situação colonial). Nos duzentos anos seguintes à sua chegada, destacaram-se no campo educacional, sendo praticamente a única instituição de ensino do Brasil Colônia. Além disso, estenderam seu campo de ação a outras áreas da administração colonial, como pacificação de índios, correção dos "maus hábitos" dos colonos, registro de informações sobre a nova terra, apoio aos governadores. Dennis Cesar Ferreira dos Santos Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 REBOBINE POR FAVOR! SER ALTERO? OU ESTAR ALTERO? A ALTERIDADE COMO PROCESSO CONSTITUINTE DO ETHOS HUMANUS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2153 Hábitos de intolerância e do não reconhecimento das diferenças interpessoais, tem se amenizado no decorrer dos processos históricos, entretanto, atitudes de desrespeito e preconceito ainda coexistem, criando assim uma égide do “EU”, que está presente em todas as esferas, sejam elas religiosas, políticas, econômicas e culturais, sendo que esse diferencialismo está patente nesses contextos e que carecem ser pensado a partir de atos recíprocos de tolerância. Este artigo utiliza enquanto objeto de estudo a alteridade, suscitando como ferramenta preponderante no auxílio da resolução de inúmeros empasses que ocorrem socialmente e que caracterizam o individualismo e hedonismo. Afim de ter um esclarecimento da temática em voga, o presente artigo se utiliza dos pressupostos de Martin Buber, Emanuel Levinas, Alan Touraine, Gilles Lipovetsk, entre outros. José Fábio Bentes Valente Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 PLURALISMO E DIÁLOGO INTER RELIGIOSO NAS ESCOLAS PÚBLICAS DOS MUNICÍPIOS DE VILA VELHA/ES E CARIACICA/ES. https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2154 O objetivo principal desta comunicação é analisar como se dá o pluralismo e o diálogo inter-religioso nas escolas públicas municipais de Vila Velha e Cariacica (ES). Com o intuito de atingir o objetivo geral, este estudo também tentará alcançar os objetivos específicos abaixo apresentados: a) identificar, com base na literatura especializada sobre o tema, as principais metas do Ensino Religioso, a serem aplicadas em escolas públicas de Ensino Fundamental; b) comparar o que é apresentado pela literatura acerca do Ensino Religioso, com o trabalho que vem sendo desenvolvido nas escolas de Ensino Fundamental, no município da Grande Vitória (ES), de modo a confirmar ou a negar a existência de pluralismo e de diálogo inter religioso; c) propor mudanças que possam corrigir eventuais disfunções apontadas pela pesquisa de campo, em relação à forma como o Ensino Religioso vem sendo ministrado nas escolas públicas municipais de Vila Velha e Cariacica, de modo a garantir que haja mesmo pluralismo e diálogo inter-religioso. Rosa Mendes Dias Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 LEI 10639/03 E AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRA NO AMBIENTE ESCOLAR https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2155 O presente resumo trata das religiosidades Afro-Brasileira no ambiente escolar. Faz uma breve reflexão enfatizando a disciplina de História como colaboradora da inclusão dessas religiosidades, uma vez que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96 foi alterada pela lei 10.639/03 que determina a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar da educação básica das escolas públicas e particulares do Brasil. Sendo a religião como parte integrante e entrelaçada à cultura e que essa cultura contribuiu na formação do povo brasileiro, então, a escola por ser um ambiente de relações e aprendizagens, deve educar para a tolerância com as diferentes religiosidades presentes no ambiente escolar. Portanto, dialogar sobre as religiosidades com sentido educativo contribui como elemento favorável para uma cidadania nos mais variados espaços sociais. A Lei 10.639/03, alterou a lei de diretrizes e bases da educação brasileira- LDB 9394/96, abordando a obrigatoriedade do estudo sobre a cultura e História afro-brasileira e africana nas escolas públicas e particulares da educação básica do Brasil. O Brasil é um país rico em culturas e uma grande diversidades de práticas religiosas. No entanto, a diversidade religiosa vem sendo marcada por conflitos causadores de discriminações e preconceitos. Rosimar Rocha Pires de Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 DIREITO À DIVERSIDADE COMO CAMINHO PARA O DIÁLOGO INTERCULTURAL https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2156 Quando falamos em direito a diferença devemos perguntar: diferente de que? Se o direito à diferença enquanto direito individual é uma infiltração na modernidade, o direito à diferença como direito coletivo traz um potencial ainda maior de comprometimento da Uniformização moderna. O estado moderno sempre reagiu com enorme violência a toda tentativa de se estabelecer um sistema alternativo de organização social que não funcionasse sobre as bases modernas uniformizadas, hierarquizadas e binárias subalternadas. No Brasil no século XX, encontramos alguns processos mais efetivos de "reconhecimento" de direito de povos quilombolas e sua forma distinta de organização de direito propriedade. De um lado se ampliam os reconhecimentos e aumenta a população quilombola, de outra aumentam os ataques no sentido de descaracterizar sua cultura e forma de viver e se organizar. Mas, tudo isto ainda é muito moderno: ao admitirmo um direito à diferença como direito individual ou coletivo, admitidos que o estado (moderno) ainda pode e deve estabelecer padrões superiores de organização social e comportamento individual. Quando falamos em direito à diferença devemos nos perguntar: diferente de que? Resposta: do padrão civilizatório, do padrão do bom, do melhor, estabelecido pelo estado e seu direito. Vera Gomes Ribeiro Ramos Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O ENFERMEIRO E O ACOLHIMENTO AOS PACIENTES FRENTE À QUESTÃO DA RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2157 Diante desta questão de acolhimento de enfermagem aos pacientes atendidos, que em sua maioria utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS), no qual as divisões em relação aos leitos de internação, não levam em consideração o critério de religiosidade. A pioneira Florence Nightingale, quando levou 38 enfermeiras à Guerra da Criméia, onde fazia questão de oferecer, atenção aos doentes em fase terminal, lendo-lhes trechos da bíblia. Observa-se que o enfermeiro para atender os pacientes em suas necessidades espirituais, obriga-se a conhecer os princípios básicos de cada religião. Umas das manifestações mais comuns dessas dificuldades estão mais interligadas com a saúde mental, vida psíquica do indivíduo, a insegurança e até mesmo uma forte agressão. Dar a assistência religiosa ao paciente é aceitar o paciente e sua religião, e antes de qualquer coisa o paciente deve sentir aceito com sua religião. Na filosofia, e mais especificamente em epistemologia, “crença é o estado mental que pode ser verdadeiro ou falso. Em religião é sinônimo de fé”. A religiosidade considera como bom relacionamento consigo mesmo, com os outros e com a natureza. A espiritualidade está relacionada à verdade sobre si mesmo. O Enfermeiro em sua assistência é de orientar na busca de uma pequena centelha de fé, O objetivo é identificar a percepção do Enfermeiro frente ao acolhimento a sua clientela, quanto seu conhecimento religioso e espiritual no qual é vivenciada em sua rotina de trabalho. André Silva de Souza Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ABORTO: UMA ANÁLISE HISTÓRICA À LUZ DAS NOVAS TECNOLOGIAS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2158 As civilizações antigas, em sua maioria, trataram da matéria no âmbito legal, sofrendo variações, somente, com relação à reprimenda aplicada aos infratores e à sua motivação histórica. O rigorismo da abordagem conferida ao aborto foi graduado em nítida interdependência com as concepções sociais, culturais, econômicas e demográficas vigentes no meio social de cada época. Para efeitos penais, o feto é considerado pessoa, tutelando-se a vida de pessoa humana. No autoaborto há apenas uma objetividade jurídica, qual seja a vida do feto. No aborto praticado por terceiros há outra, mediata, que é o direito à vida e à integridade física e psíquica da gestante. Para além desta discussão de natureza filosófica e moral é preciso ainda a verificação de dados fáticos, estatísticos que demonstram que a atuação proibicionista do aborto não resulta na sua expressa diminuição quantitativa, mas sim num desrespeito às mulheres de classes mais pobres que são excluídas do acesso a saúde. O advento das novas técnicas de diagnósticos de malformações fetais, ainda intrauterinamente, possibilitaram a descriminalização do aborto de neonatos anencéfalos no Brasil. É pelo mesmo motivo que talvez seja propício a discussão sobre a aceitabilidade de novas solicitações de interrupção da gestação baseadas em distintas malformações incompatíveis com a vida extrauterina, caracterizando-se aqui o fenômeno do slippery slope. Diane de Carvalho Machado Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 UM COMPLEMENTO NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE DOENÇAS: A RELIGIOSIDADE E SEUS MECANISMOS DE INFLUÊNCIA SOBRE A SAÚDE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2159 Um número cada vez maior de estudos científicos buscam investigar as relações da religiosidade com a saúde. Tem se encontrado de forma consistente que a religiosidade tem se associado com melhores níveis de qualidade de vida, satisfação, felicidade e menores níveis de depressão, suicídio e uso de drogas. Para que se solidifiquem as confirmações desses benefícios proporcionados pela religiosidade à saúde, torna-se fundamental compreender quais seriam os mecanismos através dos quais a religiosidade exerce influência sobre a saúde das pessoas. Alguns mecanismos têm sido apontados como mais frequentes nas explicações dos benefícios promovidos pela religiosidade na prevenção e recuperação de doenças, entre eles: estilo de vida mais saudável, reforçado através da ênfase dado por certas religiões ao cuidado com o corpo; outro mecanismo seria o suporte social mais intenso encontrado nas comunidades religiosas; o próprio sistema doutrinário que proporciona às pessoas uma melhor compreensão dos momentos mais estressantes que venha a enfrentar , amenizando os efeitos deletérios desses momentos. Fabiano Cordova Guimarães Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 PSICOLOGIA DA RELIGIÃO E AS INTERLIGAÇÕES COM A RELIGIÃO E A ESPIRITUALIDADE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2160 A Psicologia da Religião é uma área que enfrenta desafios procurando realizar os pontos que a entrelaça com a espiritualidade e a religião, ao mesmo tempo em que busca desvendar o homem, seus mistérios e essência. Acredita-se que a Psicologia da Religião tem sido uma área que vem contribuindo para a compreensão do fenômeno religioso, assim como o papel do homem nesse contexto. É preciso traçar um panorama sobre a presença da religiosidade no contexto psicoterápico e sua relação com o bem-estar psicológico do paciente, buscando compreender este cenário a partir do olhar do profissional psicoterapeuta. Flávio Aparecido de Almeida Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 RELIGIOSIDADE E CULTURA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2162 Há uma forte tendência em demonstrar que a religião é tão somente um fenômeno cultural. Com certeza, a cultura influencia em muito a religião, porém, não a determina. O ser humano é ser ativo que escolhe em que vai crer. A religião surge como produto da busca pelo sentido último da vida. A religião deve ser tratada como a materialização da experiência com que o metafísico, transcendental, se apresenta, sendo esta a base de onde a religião se ergue. A religião surge junto com a construção humana da sociedade, sendo o ser humano a personalidade produtora e ao mesmo tempo, produto da sociedade, contudo, observa-se particularidades que a religião singular. Berger utiliza os termos “Exteriorização” e “Objetivação” extraídos de Hegel e o termo “Interiorização” da psicologia social americana para se referir ao processo de produção da sociedade pelo homem e do homem pela sociedade, mas devem ser resguardadas as devidas proporções dos termos na religião. Embora sejam fenômenos parecidos, não são coincidentes; uma semelhança entre sociedade e religião é a capacidade de mudança que produzem em si mesmas, como resultado de novos valores incorporados. Tanto na “Interiorização” quanto na “Exteriorização” acontece a confecção da “Forma” pela subjetividade a que o processo está submetido. Porém, depois de formada, a “Objetivação” torna-se realidade objetiva, “lá fora”. Isaias de Almeida Aguiar Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 SÍNDROME DO BOM SAMARITANO DESILUDIDO POR COMPAIXÃO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2163 Segundo o psicólogo, Willian Cesar Castilho Pereira, 2012, os ministros religiosos, sobretudo os presbíteros da Igreja Católica Apostólica Romano, inicia o seu ministério com muito coragem, idealismo e aventura. Aos poucos se sente reduzidos quanto á realização pessoal no trabalho e diante de um conjunto de expectativas inalcançáveis, gradativamente, é tomado por sentimento de impotência e de inutilidade. Esvaziados de energia e de ideais, alguns ministros exauridos emocionalmente e incapaz de renovar as motivações e forças espirituais. Pereira, 2012, afirma que essa realidade perpassa o tempo e catolicismo, relatando inclusive, um evento bíblico, acontecido com a sobrecarga de trabalho acontecido com Moises, um personagem do Antigo Testamento. O psicólogo embasa seu pensamento nos Doze estágios para o adoecimento mental, conforme o psicólogo Herbert Freudenberger, 1974. Conforme Freudenberger, 1974, o adoecimento desenvolve-se lenta e silenciosamente por um longo período, através dos doze estágios que se podem suceder alternar-se ou ocorrer ao mesmo tempo: tais estágios se através de 1 - Necessidade de se afirmar; 2 - Dedicação intensificada; 3- Descaso com as próprias necessidades; 4- Recalque de conflitos; 5- Reinterpretação dos valores; 6- Negação dos problemas; 7- Recolhimento; 8- Mudanças evidentes de comportamento; 9-Despersonalização; 10 – Vazio interior; 11- Depressão; 12- Síndrome do esgotamento profissional: total colapso físico e psíquico. José Carlos Ferreira da Silva Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A CONTRIBUIÇÃO DA EXPERIENCIA RELIGIOSA NA RECUPERAÇÃO DE PACIENTES DEPENDENTES QUÍMICOS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2164 É inegável que o consumo recorrente de drogas trata-se de um fenômeno que se manifesta nas múltiplas configurações que integram a sociedade humana desde o início de sua trajetória. Seja por inclinações místicas, culturais, medicinais ou objetivando puramente a busca pelo prazer, o uso de substâncias psicoativas atravessa toda a história da civilização (TOTUGUI, 1988). Todavia, a despeito repercussão para o indivíduo e de seu impacto nas esferas da comunidade, ainda hoje, encontram-se lacunas no que tange a prevenção, o cuidado e o combate ao uso de drogas, principalmente em virtude da complexidade em se nomear as questões que permeiam a constituição de um quadro de dependência química. Mediante esse cenário, o presente trabalho tem como exercício discorrer sobre a religiosidade e espiritualidade como importantes pilares no combate ao uso frequente e exacerbado de drogas, tendo em vista sua relevância para a saúde mental, atuando na prevenção de comportamentos autodestrutivos, e em especial ao uso contraproducente de substâncias químicas. Isto posto, esta pesquisa imprime profunda relevância científica e social, pois propicia melhor compreensão acerca do fenômeno supracitado, possibilitando interfaces entre profissionais de saúde e estudiosos da religião, de modo a acrescentar-lhes saberes e possibilidades no que concerne o cuidado a dependência química, aspirando atenuar seus efeitos no plano social e econômico e suas implicações na saúde do indivíduo e da população. Mariane Rezende Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ESPIRITUALIDADE E SAÚDE, A RELIGIÃO COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO E ELEMENTO PROMOTOR DA SAÚDE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2165 O direito a pratica religiosa é garantido pela Constituição Brasileira de 1988, em seu Artigo 5º, inciso VI, a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. Tendo em vista que o Brasil é caracterizado pelo pluralismo religioso e pela complexidade cultural, cuja população atribui grande importância à religião, e, trazendo a religião como um direito, que contribui positivamente para a melhora da qualidade de vida de uma forma geral, se faz necessário relacionar a prática religiosa com a saúde dos indivíduos. Ressaltando as estratégias positivas que são aquelas onde se obtém melhoras na saúde mental, redução de estresse, alívio emocional, conforto, “crescimento espiritual” e cooperatividade, mostrando que a terapia envolve muito mais que medicamentos, exames e protocolos, que, além disso, devem sem considerados os aspectos da espiritualidade, fé e religiosidade, questões que interferem diretamente na qualidade de vida de pacientes, promovendo conforto e a diminuição da dor. Nos momentos de dor e sofrimento, principalmente quando a medicina tradicional não oferece nenhum recurso, existe uma crescente na procura por alternativas religiosas, surgindo questionamentos a respeito do sentido da vida e da morte. Sendo necessário reconhecer que religiosidade está muito presente na vida das pessoas que passam por períodos de instabilidade. Paula Rocha de Moraes Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 RELIGIÃO, EDUCAÇÃO E PESQUISA: BREVE ANÁLISE DAS VICISSITUDES METÓDICAS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2166 Acreditamos na permanência da religião, na história da humanidade e na valoração do método científico para melhor compreendê-la. E, a partir também da ausência ou não da “mística” na ponderação, investigação e interpretação científica que nos despusemos a investigar o fenômeno religioso, transitado em toda a práxis didático-metodológica, nas escolas. Propomos refletir sobre a metodologia, a partir de um viés epistemológico, quer seja possível em ciências das religiões em plena interseção no campo educacional, a fim de melhor nos responder a questões como: É possível pesquisar a religião em trânsito nas escolas? No que buscamos investigar, o que é perceptível, tangível? O que pode ser mensurado, interpretado e como interpretá-lo? Qual o melhor método? Em nossos estudos podemos observar que a contemporaneidade de pesquisadores brasileiros em ciências das religiões ainda não encontrou respostas satisfatórias ou definitivas para as indagações logo acima salientadas, à respeito de qual seria o melhor método de se pesquisar religião. Pois, exercer um juízo de valor sobre uma metodologia eficaz, para alguns, pode estar no distanciamento entre observador (pesquisador) e objeto (observado). Mas de fato acreditamos nas proposições de Kant em dizer que o sujeito (pesquisador) pode afetar a si e ser afetado por um objeto. Antonio Michel de Jesus de Oliveira Miranda Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 CIÊNCIA E RELIGIÃO: ONDE ESTÁ O CONFLITO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2167 Pretendo demonstrar que não existe um conflito entre ciência e religião em si. Porém, existe um conflito entre teólogos fundamentalistas e cientistas naturalistas. Para isso usarei o teólogo espanhol Juan José Tamayo, para caracterizar o fundamentalismo e usarei o filósofo J.P. Moreland para caracterizar o naturalismo. Argumentarei, diferente dos fundamentalistas e dos naturalistas, que não existe uma incompatibilidade ente teoria da evolução e fé cristão. Para isso será usado o filósofo Alvin Plantinga. Por último, apresentarei o conceito de teologia científica, desenvolvido pelo teólogo e cientista Alister McGrth. Com ele pretendo solucionar o debate entre realismo e antirrealismo e proporcionar uma teologia natural que não esteja presa ao paradigma moderno. Arlindo José Teodoro Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A INCLUSÃO RELIGIOSA NA ESCOLA PÚBLICA E OS DESAFIOS DA GESTÃO ESCOLAR: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE VILA VELHA (ES) https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2168 Nesse primeiro capítulo, que trata sobre a gestão escolar em caráter geral, serão abordados, de início, seus aspectos legais; depois, discute-se brevemente o que venha a ser o pluralismo aplicado ao cotidiano de uma escola pública; e, por último, comenta-se acerca do que sejam os principais documentos que visam nortear uma gestão escolar plural. Érika Barros de Rodrigues Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A RELAÇÃO ENTRE RELIGIÃO E ENCARCERADO EM CUMPRIMENTO DE PENA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2169 No processo de ressocialização do encarcerado, a influencia exercida pelas religiões é significativa, sendo assegurada pelo Estado a assistência religiosa no interior dos estabelecimentos prisionais, nos termos da Lei Federal 7.210/84 (Lei de Execução Penal) e regulamentado pela Resolução nº 8/2011, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. O ambiente carcerário provoca um profundo abalo emocional e torna o individuo psicologicamente vulnerável, carente de consolo espiritual. Isso, na maioria dos casos, somente é possível de ser corrigido através da religião. A religião é uma forma do ser humano encontrar a si mesmo, estabelecendo uma posição no meio social, eis que dotada de um discurso moral, sedutor e transformador, contendo atrativos de uma vida harmoniosa. Muitos os encarcerados, ao estabelecerem contato com a religião, começam a enxergá-la como forma de mudança de vida. Traz a esperança de voltarem ao meio social e conquistarem tudo aquilo que é comum aos cidadãos: família, trabalho, moradia, conforto, dinheiro, etc. É adquirir dignamente e licitamente tudo que não foi possível no passado sombrio e que outrora era proporcionado através de práticas escusas, as mesmas que acabaram levando-os a experimentar o mundo do cárcere. Aderir a uma religião, para a maioria, pode significar uma forma de possibilitar adquirir posses e ter uma condição melhor de vida no ambiente social. Fabriny Neves Guimarães Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ENTRE OS TERREIROS E A ESCOLA: O DIREITO DE PERTENCER AO AXÉ DESCOLONIZANDO O PENSAMENTO DO RACISMO RELIGIOSO. https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2170 O presente trabalho propõe articular o debate de descolonizar o saber referente à religião afro- brasileira no espaço-tempo escolar, descortinando a monocultura do saber, explanada através da teoria de Souza Santos (2007). Demonstrando formas de espitemicídio nas escolas aos pertencentes e praticantes de religião afro-brasileira, demarcada pela falsa democracia racial, demonstrando fatos ocorridos nos cotidianos escolares aos filhos de santo. Fundamentado em Flor Nascimento (2017), denominamos as práxis que regem os estereótipos como racismo religioso. Neste processo articulamos a sociologia das ausências os silêncios que tornam presença, e as emergências movida pelas brechas no intuito de promover a descolonização do saber, tornando a escola um espaço de promoção para articular de acordo com Candau (2012), “o pensamento outro”, o direito a diferença religiosa para além da normatização eurocêntrica. Geisa Hupp Fernandes Lacerda Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 UM JIHAD BRASILEIRO? O DIREITO DO ISLAM À REBELIÃO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2171 John Esposito e Tariq Ramadan estão entre os pesquisadores atuais do Islam que apostam que o futuro do Islam está no Islam ocidentalizado, ou seja, num Islam que não está preso à cultura árabe. Essa é uma grande discussão interna no Islam. Problematizando a aposta do Esposito e Ramadan, a história do Islam no Brasil oferece uma contribuição cultural única aos debates contemporâneos. O Islam brasileiro tem raízes africanas e não apenas árabes. O Islam brasileiro tem origens negras. Inserido num Brasil com uma cultura hegemônica branca – de embranquecimento ou miscigenação – o Islam se rebelou contra esta imagem cultural do Brasil. Numa espécie de jihad brasileiro, o Islam lutou pelo reconhecimento do seu direito de praticar a religião diante de um estado racista que o negou e aniquilou. A luta era para exercer um Islam negro e sem sincretismo, distanciando ele das práticas de religiões de matriz africanas e o catolicismo romano. Graham Gerald McGeoch Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 DIVERSIDADE RELIGIOSA E O ENSINO RELIGIOSO NO CMEI PROFª LEILA THEODORO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2172 Esse artigo é um recorte da pesquisa intitulada “Diversidade religiosa e o ensino religioso no CMEI Professora Leila Theodora”. A relevância da pesquisa deve – se a percepção da importância que a comunidade escolar dá à religião para alcançar uma sociedade mais fraterna e menos agressiva, sabendo que os valores perpassam pela relação humanas, respeitando a diversidade existente entre os indivíduos e assim contribuir para a formação das crianças. O objetivo do trabalho foi compreender como ocorre a diversidade religiosa e suas implicações pedagógicas na Educação Infantil. O estudo realizado adotou uma abordagem descritiva e qualitativa utilizando o método Estudo de Caso. A coleta de dados deu-se por meio de questionário semiaberto com vinte e dois profissionais de uma escola de Educação Infantil pública do município de Serra, Espírito Santo. Os dados foram analisados qualitativamente dividindo por blocos, segundo a divisão realizada previamente na elaboração do questionário. Marli Trabach Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA MINISTRAR A DISCIPLINA DO ENSINO RELIGIOSO NA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE FORTALEZA DE ACORDO COM A LDB E BNCC https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2173 Segundo o entendimento da Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza e a pesquisadora Ana Cristina de Almeida Cavalcante Bastos, a disciplina Ensino Religioso, ao se constituir como um dos espaços de aprendizagem dos/as aluno/as em busca de sua formação básica enquanto cidadãos/ãs, também se apresenta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), do Ministério da Educação e Cultura (MEC), o que se pode considerar como grande avanço no sentido de fortalecer o caráter epistemológico, pedagógico e científico dessa mesma disciplina no ambiente escolar. Matias Rebouças Cunha Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 BEM COMUM E CIDADANIA NA TEOLOGIA PÚBLICA DE MIROSLAV VOLF E RUDOLF VON SINNER https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2174 Este artigo consiste em um diálogo com textos de Miroslav Volf e Rudolf Von Sinner referentes ao tema do bem comum e da cidadania e seu lugar na sociedade brasileira. O objetivo é extrair pistas para a construção de uma teologia pública dialogal. Trata-se de um texto sugestivo e se propõe a aproveitar criticamente algumas ideias para a definição de possíveis rumos para uma teologia pública reconhecida e atuante no cenário brasileiro. O entendimento adequado sobre o bem comum e a cidadania é a chave para promover o diálogo entre as diferentes religiões na esfera pública. Diálogo que tome parte dos esforços em traduzir as contribuições teológicas de Volf e Sinner para uma teologia pública no Brasil. Wallace Soares da Cruz Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 SÍMBOLO E MITO NA FENOMENOLOGIA DA RELIGIÃO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2175 Para a Fenomenologia da Religião, o fenômeno religioso se funda numa experiência originária, que é a experiência do Sagrado. O Sagrado é experimentado, vivenciado, como o totalmente outro, algo diferente de todo o resto da vivência ordinária cotidiana e, como tal, ao mesmo tempo fascina e amedronta. De tal sorte é essa experiência, que desafia as possibilidades de se traduzir em linguagem comum, visto que, por não ser de ordem “racional”, não pode ser encerrada em conceitos objetivos. A partir daí tem-se que a melhor forma de expressar o Sagrado, compreendido como “mistério” justamente pelo seu caráter “irracional”, é a linguagem simbólica. O símbolo é entendido como um suporte psíquico, que pode se apresentar na forma de uma imagem, um gesto, uma palavra ou um objeto, e que possui um duplo nível de significação: o imediato e superficial, que é a apreensão empírica de sua manifestação objetiva, e outro transcendente, que aponta para a dimensão do que não pode ser completamente apreendido no nível racional conceitual. Esse nível transcendente, para a Fenomenologia, é a dimensão religiosa do símbolo. Quando se apresenta numa estrutura narrativa, o símbolo se transforma no mito, ou seja, o mito é uma narrativa que utiliza linguagem simbólica para expressar aquilo que se encontra para além das palavras, por se tratar da experiência do Sagrado. Assim, o mito, enquanto tentativa de transmissão da experiência do Sagrado, é narrativa estruturante e provedora de sentido à vida humana. Felipe Ribeiro Cazelli Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ÉTICA, BIOÉTICA E RELIGIÃO NO CONTEXTO DA SAÚDE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2176 O termo bioética é formado pelos vocábulos gregos bios (vida) e ética, ou seja, é a ética da vida. Busca benefícios e a garantia da integridade do ser humano, através da defesa da dignidade humana. Ao longo da segunda metade do século XX, grande parte do debate bioético enfocou substantivamente a questão da santidade da vida humana em pesquisa, protocolos, para transplante de órgãos, definição de morte, alocação escassa de recursos e outros e processualmente sobre a autonomia, como princípio organizador da nova bioética. Já no início do século XXI aparece como um campo de discussão que trata dos limites que devem ser estabelecidos para regular as biociências. No entanto, tanto a definição do que é bioética quanto os fundamentos exatos dessa regulamentação ainda são incertos ou ambíguos. A religião certamente possui alguma influência no campo da bioética, seja no papel das igrejas ou nos valores espirituais. A influência religiosa também pode diferir de um país para outro de acordo com a legislação nacional, particularmente onde a influência do catolicismo e do protestantismo levou a diferentes abordagens culturais, em particular a relação ao conceito da autonomia. A bioética nasceu em um contexto caracterizado pelo pluralismo moral e pela mudança de ideias sobre a natureza da autoridade moral; foi e é um esforço para desenvolver um conjunto de princípios e um método de tomada de decisão moral aceitável para todos, independentemente da religião ou ideologia. Guilherme Brum Rodrigues da Costa Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O IMAGINÁRIO DO MITO DOS VIGILANTES COMO BASE PARA DIVERSOS MANUSCRITOS JUDAICOS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2177 O objetivo deste trabalho é a observação de uma tradição mitológica derivada de textos sagrados de antigos judaísmos que circulavam pelos povos. Através deste mito, se desenvolve uma grande tradição escrita, com diversas releituras da mesma história, baseada na queda de anjos a terra e o relacionamento deles com as mulheres dos homens. Vemos que não passa de uma releitura simples, mas algo grandioso, onde cada texto e escrito antigo o complementa com um imaginário rico de magia e criatividade, de uma maneira extensa que depois das descobertas dos manuscritos de Qumran se desconfia que existia um tipo de judaísmo onde sua base está em Enoque e no Mito dos Vigilantes, sendo denominado de judaísmo enóquico/enoquita. Henrique Bassani Miani Minghin Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 UMA ANÁLISE DO DISCURSO DA PINTURA DE JOÃO BATISTA DE LEONARDO DA VINCI https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2178 Ao analisarmos a pintura de Leonardo Da Vinci intitulado “São João Batista”, é perceptível a existência de um discurso através do uso de uma linguagem que é a pintura, em uma época conhecida como Renascimento. Desta forma, podemos verificar que o discurso, a religião e a linguagem não são tratadas de forma isoladas, pois a obra “São João Batista” envolve um processo transmissivo desses elementos entre autor e destinatário sobre nos aspectos religiosos desse período. Desta forma, podemos, portanto perceber que nesta obra renascentista há uma relação entre linguagem, discurso e religião. Ivanessa Sanches Mancio Marcus Vinicius Leão Azevedo de Sena Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ESPIRITUALIDADE NO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2179 O trabalho é uma parte integrante da identidade dos indivíduos, que é influenciado e influenciam os aspectos intelectuais, fatores físicos, psicológicos, sociais e emocionais. A escolha de uma ocupação determina o que se espera de uma pessoa em termos de comportamento ocupacional e atividades, bem como sua vida social e recreativa, suas atitudes e valores pessoais, não sendo, portanto, uma faceta estática ou isolada da vida do ser humano. Mudanças tecnológicas, históricas, políticas, sociais e culturais crescentes vêm ocorrendo em todo o mundo, tendo um profundo efeito sobre o cenário ocupacional. Tais mudanças parecem exigir uma redefinição da essência do trabalho e, atualmente, o foco está na inovação, flexibilidade ocupacional e aprendizado contínuo como chaves para o sucesso. Portanto, os funcionários têm que ser qualificados e responsáveis, além de apresentarem uma atitude proativa e aberta a novas experiências. Atualmente, vive-se um período de transição entre a antiga definição de trabalho como sobrevivência e a nova definição como meio de subsistência e novas técnicas de gestão e novas estruturas organizacionais são necessárias para lidar com esse contexto emergente. Nesse contexto, os gestores devem facilitar a espiritualidade no ambiente organizacional, apoiando os funcionários e colegas para que saibam que parte de sua responsabilidade de trabalho é expressar seu propósito de vida e seus dons. Jaira Helena Freitas Lima Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A DINÂMICA DA TROCA: O PATRONATO ROMANO COMO INSTRUMENTO DE COESÃO SOCIAL EM CORINTO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2180 O presente trabalho se propõe analisar o sistema de patronagem em Corinto, visto que se faz necessário compreendê-lo, pois, por ser uma colônia romana, as relações sociais ali se davam por meio do sistema de patronagem, uma que vez que ele era usado pelos romanos como um instrumento de controle social e como recurso de coesão social. Por meio do favor e da benfeitoria, criava-se uma relação entre credor e devedor. Como a prática da benfeitoria era vista como questões de honra, a dinâmica da troca estabelecia a posição social dos envolvidos. O indivíduo que tivesse possibilidade de trocar benefícios comparáveis ao que recebeu, formava uma relação entre amigos iguais. O imperador vendo a importância do sistema incentivava-o, assim, um império tão vasto era governado por um corpo administrativo pequeno. No topo da hierarquia patronal estava o imperador, o qual distribuía favores aos que tinham acesso a ele; logo abaixo, estava os funcionários romanos, seguidos pelos notáveis locais e na base o povo em geral. A presente pesquisa tem como metodologia a revisão da literatura disponível sobre o assunto. Magno Lessa do Espírito Santo Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A ILEGITIMIDADE DO MESSIAS NA TRADIÇÃO NÃO CANÔNICA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2181 <p>O termo mamzer, comumente traduzido como "bastardo", na tradição judaica, é utilizado para determinar uma criança judia ilegítima. Este rótulo definia a posição que ela teria na sociedade. Que incluía: a proibição de se casar com uma pessoa judia "completa"; permissão para casar com gentios convertidos ao judaísmo, ou escravos libertos; não tinham voto no sinédrio e não poderia participar dos rituais públicos.<br />Por consequência, quando as comunidades judaicas passaram a acusar Jesus de ser um mamzer, estavam, junto com a acusação que trazia em si toda uma carga discriminatória, questionando sua legitimidade como Messias. Essas acusações são explicitamente encontradas nas tradições fora do cânon e demonstram parte das tensões que havia entre as comunidades judaicas e as comunidades cristãs judaicas e gentílicas.</p> Silvio Cezar José Pereira Gomes Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS TEMPLOS RELIGIOSOS CONFORME ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2182 O tema consiste no entendimento jurisprudencial acerca da imunidade tributária dos templos religiosos. Dispositivo legal previsto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, artigo 150, VI, "b" e §4°. Cláusula pétrea. Período colonizador predominantemente católico e com grande influência na política governamental. Aumento da diversidade das religiões. Enriquecimento dos templos religiosos com a existência de inúmeros "outros bens" acessórios aos templos religiosos que dividem opiniões quanto à incidência ou não da imunidade tributária prevista constitucionalmente. Corrente jurisprudencial a favor e contrária a cobrança de IPTU de bens acessórios e imóveis alugados como salas comerciais de propriedade dos templos religiosos que não estão ligados à profissão da fé nem tampouco servem de acomodações dos líderes religiosos. Julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a aplicação ou não da imunidade tributária sobre todos os bens religiosos. André Curty Gomes Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 NEOPENTECOSTALISMO E RACIONALIZAÇÃO DA MAGIA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2183 A Igreja Universal do Reino de Deus pode ser considerada uma igreja moderna, ou adequada aos tempos modernos. É a principal representante do Neopentecostalismo brasileiro: movimento surgido como resultado das rupturas dentro do protestantismo, a partir do avivalismo wesleyano. Herdeira da tradição pentecostal americana, desenvolvido no Brasil em três ondas. Da primeira onda trouxe o transcendentalismo da fé e da espiritualidade em um contexto urbano. Da segunda onda a ênfase na cura e a mentalidade de marketing. A IURD une em seu ethos todos os troncos religiosos presentes na cultura brasileira, promovendo uma verdadeira junção entre magia e religião, valendo-se de uma mensagem de referências populares e da ocupação de espaços públicos através de espetáculos midiáticos. Ela está alinhada com determinadas tendências do campo religioso brasileiro contemporâneo. Tal alinhamento se dá de forma racionalmente organizada, a partir da apropriação de elementos mágicos. Entende-se que a racionalidade se encanta pois há uma demanda por parte dos indivíduos por soluções mágico/encantadas, e essa demanda é atendida por uma oferta adequada, operada em conformidade com o racionalismo moderno. Consideramos o culto iurdano como a oferta da instituição enquanto agente em disputa no campo religioso. É possível notar em toda sua liturgia uma oferta calculada a uma demanda específica. Vê-se a lógica de mercado atuando de forma incisiva, a partir de objetos e discurso mágico/encantados. Ariel Miranda Silva Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 GASTRONOMIA, RELIGIÃO E IDENTIDADE: O CASO DA TORTA CAPIXABA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2184 O ato de alimentar-se é inerente à formação do homem, porém as pesquisas acerca dos processos que envolvem a alimentação ainda são recentes quando comparadas à outras áreas. O motivo está no próprio fato dos cursos de Gastronomia no Brasil datarem da segunda metade do século XX. No Brasil, até meados dos anos 90 a profissão do cozinheiro era desenvolvida quase que exclusivamente por pessoas sem qualificação profissional. Dentre os elementos determinantes mais antigos e contínuos de padrões alimentares da Europa Medieval estava a alimentação e a virtude. A partir do século IV, o cristianismo estimulou a abstinência alegando seus benefícios espirituais. Privava-se das gorduras de carne e de laticínios, logo, acreditava-se estar-se livrando da carnalidade e seus vícios, como a gula. Assim, se estaria contribuindo para assegurar-se a salvação das almas. E esse cenário teve reflexos posteriores. Nos dias de proibição do consumo de carne vermelha, o alimento que se destacava era o peixe. Variavam conforme a condição social e até mesmo o nível de fé. Sendo assim, é inegável que os hábitos alimentares da população europeia ocidental cristã receberam influências religiosas. Para entender com as influencias católicas refletiram nas práticas alimentares, perpassando o tempo e refletiram-se na sociedade brasileira, tomar-se-á como marco temporal a contemporaneidade; como recorte espacial o Estado do Espírito Santo e como objeto de pesquisa a Torta Capixaba. Cynthia Pádua do Amorim Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ANÁLISE COMPARATIVA DA IGREJA CATÓLICA ITALIANA E BRASILEIRA A PARTIR DO SÉCULO XXI https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2185 A partir da visão de Peter Berger de uma sociedade pluralista, pretende-se analisar como se determina as novas relações entre igreja-sociedade-estado tanto na Itália como no Brasil. Quais são os novos desafios, os caminhos percorridos e o que está sendo feito de a nível pastoral, procurando assim perceber as principais diferenças entre uma e outra situação, visto que a mesma igreja vivencia duas realidades diversas, uma europeia e outra latino-americana. Fernando Lúcio Scalzer Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 APORTES TEÓRICOS SOBRE RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE: UMA COMPILAÇÃO DE CONCEITOS E DISTINÇÕES https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2186 Distinguir e conceituar religião e espiritualidade é um desafio que vem sendo enfrentado por muitos, mas que continua sem ser superado. O tema é o desafio que esses dois conceitos continuam a impor aos teóricos. O problema é a persistente dificuldade de se chegar à harmonia entre os teóricos a respeito das diferenças e conceitos de espiritualidade e religiosidade. A hipótese é que cada concepção sobre tais objetos de estudo é naturalmente personalíssima, intrínseca a cada indivíduo. O objetivo geral é o de reunir conceitos e distinções teóricas de religiosidade e espiritualidade. O objetivo específico é o de organizar, segundo os referenciais teóricos pesquisados, algumas das principais características distintivas entre os conceitos. Justifica-se essa abordagem porque as distinções e os conceitos sobre religiosidade e espiritualidade devem ser discutidas e lançadas ao debate acadêmico, como forma de contribuição para a atualização da discussão. Espera-se, ao fim, formar uma compilação sistematizada de conceitos e distinções que possam contribuir como fonte de pesquisa para estudiosos e interessados na temática, facilitando o trabalho de busca de conceitos e distinções entre os institutos. Marcus Vinicius Alves Ribeiro Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O ESTADO E A LIBERDADE DE CRENÇA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2187 A comunicação analisa, a partir da estrutura organizacional do Estado, a relação entre o poder estatal e a liberdade de crença. Apresenta-se o poder estatal de fiscalização, partindo preliminarmente da perspectiva da formação do Estado a partir dos autores contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau, demonstrando como a análise desses autores contribui para a compreensão de muitas diretrizes do Estado Moderno. Diante desse cenário, que demonstra a construção do Estado ao longo dos anos, torna-se evidente que todos esses fatores apresentados desde a sua formação inicial, com as diferentes passagens e, atualmente, o Estado Democrático de Direito, contribui para que o indivíduo tivesse resguardado a sua liberdade, considerando que a lei torna-se orientadora das ações estatais, justamente como forma de afastar qualquer ação que coloque em risco a liberdade do indivíduo. Em seguida discute-se a liberdade de crença, enquanto um direito constitucionalmente garantido, diferenciando da liberdade de consciência, descrevendo quais são as normas apresentadas pelo Estado para que o referido direito seja resguardado. Por fim analisa-se a liberdade religiosa e os limites da intervenção do Estado, traçando quais os riscos que, porventura, podem surgir quando se observa uma relação estreita entre o Estado e a religião. Ramon Harckbart Carvalho Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O LÚDICO E A INTERDISCIPLINARIDADE COMO ELEMENTOS QUE UNEM O APRENDIZADO DE MATEMÁTICA AO DE ENSINO RELIGIOSO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2188 Nessa comunicação apresentam-se os conceitos básicos inerentes ao tema; abordando ainda o pensamento de Edgar Morin sobre a interdisciplinaridade; discutindo as possibilidades de adequação dessa teoria ao Ensino Religioso. A necessidade da abordagem interdisciplinar nasce do fato de que os problemas atuais são facetas da crise de percepção, posto que vem-se tentando aplicar os conceitos de uma visão mecanicista da ciência cartesiana-newtoniana, a uma realidade que já não pode ser entendida em funções desses conceitos. Para Morin, o pensamento complexo religa o que o pensamento disciplinar e compartimentado desfez em parcelas. A ciência requer mudanças e a construção de novos paradigmas, de cunho pluralista, flexível e interdisciplinar. A visão interdisciplinar é necessária, pois a inadequação entre os saberes fragmentados contrapõe-se à realidade cada vez mais global. As novas concepções de educação propõem métodos que ajudem o aluno a construir o conhecimento, rompendo com o ensino tradicional. O Ensino Religioso não pode ficar alheio a isso. Um projeto interdisciplinar deve ser marcado por visão geral do Ensino Religioso, de modo progressista e libertador, valorizando o pluralismo e a diversidade. O ensino da diversidade é melhor quando se dá por meio da interdisciplinaridade. O Ensino Religioso poderia ser aplicado em parceria com as outras disciplinas, por meio de conteúdos que misturam os temas, pois o conjunto do conhecimento humano compõe um todo complexo. Ricardo Garcia dos Santos Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 CRESCIMENTO E PARTICIPAÇÃO DAS IGREJAS PENTECOSTAIS NA ILHA CARIBENHA: CUBA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2189 Cuba possui um regime político que ainda mantem restrições sobre o teu povo. Hoje na Ilha, existem Igrejas de várias denominações como Batista, Presbiteriana, Assembleia de Deus. Uma situação notória é o crescimento e participação dos pentecostais na vida cotidiana dos cubanos. Na América Latina, e não é diferente em Cuba, a receptividade do Pentecostalismo é muito maior porque há uma valorização das expressões corporais e das emoções. Em Cuba – na capital, Havana e nas cidades do interior - pode-se confirmar o crescimento das casas-igrejas. São famílias que abrem o espaço doméstico para receber sempre grupos de 40 a 60 cristãos, a maioria crianças, que vem para ouvir a palavra e se alimentar. A Igreja está crescendo em número, na participação da tentativa de criar uma sociedade cubana mais justa e igualitária. Sidney Pereira de Souza e Silva Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 EUTANÁSIA: DECISÃO DE HUMANIDADE OU DE MORTE? https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2190 A eutanásia é um procedimento médico altamente questionável, não por sua eficácia ou método, mas por sua finalidade e objetivo, ela consiste em levar o paciente a óbito sem sofrimento, porém ela seria considerada (pois em muitos países não é permitida) apenas em casos extremos de doenças terminais, sem cura e situações similares. Há um grande impasse sobre isto, não somente em questões religiosas como sociais, culturais e médicas, aqui não procuramos dar uma resposta à este dilema, estabelecendo o certo e o errado, pois de fato não se é possível se considerarmos todas as perspectivas, mas intencionamos uma reflexão a respeito do tema apresentando alguns pontos importantes que são considerados nos questionamentos, como em questões religiosas a não aprovação da eutanásia baseada em interpretações religiosas realmente é uma atitude ética cristã ou se trata de uma decisão "egoísta" que não considera de fato o paciente e sua vontade, e assim refletir um pouco também a partir do paciente e não somente do olhar externo. Suelem Romero Cunha Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ESPIRITUALIDADE NO AUXÍLIO AO PACIENTE SOB OS CUIDADOS PALIATIVOS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2191 Desde o nascimento até a morte, o ser humano perpassa uma trajetória única, na qual a dimensão humana lhe obriga a dar um sentido à sua vida, por intermédio de suas realizações pessoais, incitando-o a formar e instituir legados. São essas heranças e vivências, bem como as experiências conquistadas ao longo de toda sua trajetória que formarão uma base e representarão a forma como ele percorrerá o caminhar de sua vida rumo ao seu ponto final. Segundo Silva, Barbosa e Almeida Júnior (2017), a espiritualidade é a realidade dinâmica que transpassará pela vida humana, por ser considerada muito mais abrangente que uma religião ou a participação de um credo religioso. Ela se move para além da ciência e da religião construída, sendo conceituada como essencial, genuína e prontamente envolvida com a alma e sua ligação com o divino, podendo se relacionar ou não à religião — uma forma secundária, constantemente distorcida pelas esferas socioeconômicas, culturais e políticas. Vanessa Gutterres Silva Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 LAICIDADE, ENSINO RELIGIOSO E ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA (CE): QUESTIONAMENTOS E REFLEXÕES https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2192 Ao longo da história do Brasil, Estado e Igreja desempenharam importante papel na construção do sistema educacional e ambos sentem a necessidade de assegurar a oferta do Ensino Religioso nas escolas. Porém, toda mudança gera problemas. Os pesquisadores que analisam tais mudanças afirmam que o Estado não pode impor a prática de qualquer religião. Assim, para que se viabiliza da melhor maneira, o Ensino Religioso deve garantir o aspecto laico do Estado. Nas principais cidades do país, manifestações de fé distintas da doutrina cristã, especialmente as de origem africana, têm sofrido agressões cada vez maiores, o que parecer ser indício que a sociedade brasileira caminha para tempos de perigoso extremismo religioso. Não bastasse isso, nas escolas também há fortes indícios de que novamente esteja ocorrendo interferência no aspecto laico do Ensino Religioso ministrado nas escolas públicas brasileiras. Sendo assim, torna-se necessário investigar o que realmente vem acontecendo, para saber até que ponto tal disciplina respeita a laicidade estabelecida pela Constituição Federal, também acredita-se que a coleta de dados acerca da laicidade, ou não, do Ensino Religioso ministrado nas escolas públicas do município de Fortaleza (CE) propiciará maior entendimento sobre a questão, facilitando também a adoção de medidas, de modo a fazer com que tal disciplina seja aplicada no Ensino Fundamental, sem sofrer manipulações por parte de quaisquer doutrinas religiosas, conforme manda a lei. Vania Celia Ventura Sousa Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 CULTIVANDO VALORES E RESPEITANDO A DIVERSIDADE RELIGIOSA: PROMOVENDO UM COTIDIANO DE PAZ NA ESCOLA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2193 O interesse em investigar questões relacionadas à Educação em valores humanos e respeito à diversidade religiosa surgiu em função de que a trajetória profissional da mesma na qualidade de professora da disciplina Língua Portuguesa, na escola pública, mais especificamente, com adolescentes do Ensino Fundamental II. Nesse percurso, percebe-se que os desafios enfrentados na educação hoje não são diferentes dos problemas enfrentados há muitos anos: violência, evasão escolar, repetência, fragmentação do conhecimento, desarticulação entre teoria e prática evidenciando desafios e novas possibilidades de transformação. O trabalho, aqui apresentado, busca a reflexão a respeito do tema Cultivando valores e respeitando a diversidade na promoção de um cotidiano de paz na escola. É comum se deparar constantemente com situações de conflitos entre os alunos, de alunos com professores e funcionários, ou, mesmo, com os próprios pais e pessoas de fora da comunidade escolar. A partir de minha própria experiência como professora de uma escola pública, percebo que, de um modo geral, a equipe pedagógica não consegue fazer um trabalho mais efetivo, pois direciona praticamente toda a sua energia para apagar incêndios que acontecem todos os dias no ambiente escolar. Ou seja, estes profissionais da educação restringem sua função pedagógica a resolver conflitos. Tais situações trazem a percepção de que o que está faltando nas inter-relações humanas é mais respeito ao outro. Elza Maria Falqueto Zumak Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 RELIGIOSIDADE NO FUTEBOL BRASILEIRO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2194 O presente estudo tem como objetivo compreender as relações que se estabelecem entre o futebol e a religião no Brasil. Para isso, ancoramo-nos nos estudos sobre a sociologia do esporte, de Helal; nos de Elias e Dunning, a respeito da excitação que o esporte traz aos torcedores; em Monteiro e Sérgio, para entendermos o atleta que tem a superação como foco de seus esforços; em Debord, para apreendermos as razões pelas quais o futebol gera tanta comoção nacional nos trabalhos de Santos, Conceição e Bento, para auxiliar nosso estudo sobre a dimensão que o futebol tem na vida dos atletas e sua relação com a religiosidade e; para finalizar, buscamos os estudos de Murad, Garganta, Rosenfeld e Damo, para compreendermos as diferenças entre religiosidade e superstição no futebol. Todos os estudos apresentados acima auxiliam na compreensão de como o esporte, nesse caso, o futebol, carrega tanto sentido e imprime, na sociedade brasileira, uma simbologia tão próxima da religião. Entendemos, ao longo da escrita deste estudo, que a religião é um viés de integração entre os indivíduos pertencentes a uma mesma sociedade. Fazendo uma analogia a esse pensamento, o esporte, na atualidade, também é um viés de integração. Este estudo busca compreender como se dá essa integração e relacioná-la com a dimensão religiosa. Jackson Gomes de Rezende Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A DIVERSIDADE RELIGIOSA DE DISCENTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL PARTICIPANTES DE UM PROJETO DE INCLUSIVIDADE DIGITAL https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2195 Esta pesquisa documental é direcionada às ações de intervenção efetivadas nas turmas de Educação Integral com Jornada Ampliada da EMEF Adilson da Silva Castro, possibilitando à permanência do aluno em situação de vulnerabilidade na escola, assistindo-o integralmente em suas necessidades básicas e educacionais. Nosso estudo analisa o impacto significativo das tecnologias como recurso digital na execução de projetos pedagógicos multidisciplinares, objetivando a inclusão digital e reflexão sobre o verdadeiro papel da religião no processo de construção do conhecimento e da formação para a cidadania. Tenho como professora de informática Educativa há aproximadamente 25 anos, a responsabilidade, dentre outras, com os recursos das Tics, desenvolver atitudes que primem por uma cultura de construção coletiva, respeitando o pluralismo de ideias, às diferenças/diversidades (incluindo a diversidade religiosa). Transformar a educação numa relação plural, de diálogos, participação, colaboração, de construção e reconstrução do conhecimento e assumir um papel de pesquisadora, coautora, facilitadora, organizadora e articuladora do conhecimento, além de promover o respeito às diversidades, são os desafios de nossa pesquisa. Entendemos que não se trata de discriminar ou repudiar o pensamento cultural e religioso diferente do nosso, trata-se de conhecer, conviver e respeitar. Contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de paz e respeito à diversidade religiosa. Joelma Gonçalves Campos Castilhos Fritz Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O PLURALISMO RELIGIOSO COMO DESAFIO NO ESPAÇO ESCOLAR https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2196 No âmbito educacional vem sendo discutida e problematizada a questão relativa à disciplina de Ensino Religioso e sua inclusão no currículo das escolas públicas de ensino fundamental no Brasil. Esta inclusão da disciplina Ensino Religioso no currículo vem provocando debates sobre as mais variadas questões, a saber: a liberdade de opção religiosa, a separação entre o Estado e a Igreja e a consolidação de uma escola pública laica, universal e obrigatória. Mesmo havendo uma busca por certa neutralidade religiosa da escola pública, aspectos religiosos estão presentes na organização e nas práticas pedagógicas cotidianas da escola. Quando não há preocupação com respeito à opção religiosa dos/as discentes surgem conflitos e problemas de discriminação e exclusão no âmbito da escola. Como os/as educadores/as trabalham as manifestações de religiosidade dos/as discentes? Essa questão vai além do debate sobre o Ensino Religioso enquanto uma disciplina de conhecimento, porque envolve as relações intersubjetivas nas práticas pedagógicas escolares. A diferença do outro, demarcada por fator religioso, torna-se uma problemática ético-política diante de uma sociedade e escola excludente. Julio Cezar de Paula Brotto Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A DISCIPLINA ENSINO RELIGIOSO COMO FERRAMENTA DA PROMOÇÃO DA CIDADANIA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2197 O presente Projeto de pesquisa pretende refletir sobre o fenômeno religioso a partir do entrelaçamento e da interação do mesmo com os campos da educação e consequentemente da Profissão. Maria de Fátima dos Santos Vendramine Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A SALA PROFÉTICA SOB O OLHAR FENOMENOLÓGICO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2198 As denominações da religião cristã denominadas evangélicas têm assumido, cada vez mais, um papel de protagonismo diante dos desafios enfrentados por seus membros neste tempo conhecido por vários nomes diferentes e contraditórios. Para lidar com estes desafios são apresentadas novas formas de encontro com o transcendente, em busca de soluções que estão para além do chão da imanência. O pesquisador, na condição de membro da Igreja Monte Sião, localizada no bairro do Morumbi, na cidade de São Paulo, instigado pela proposta da comunidade de fé de ofertar aos fiéis um espaço onde pudessem ter um encontro com o divino de forma pessoal, denominado Sala Profética, percebe, neste tempo de realização do mestrado em Ciências das Religiões, que a análise da temática pode apresentar contribuições para este campo da pesquisa acadêmica, ainda não estudado. Pavio Domiciano Muniz Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 RELIGIOSIDADE TELEVISIVA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2199 Entre as mídias usadas pelas mais diversas correntes religiosas a televisão é o principal veículo de evangelização, conversão e difusão de diferentes dogmas religiosos. O gênero religioso é um dos que dominam a programação da televisão brasileira, esse fato que tem contribuído para o crescimento das Igrejas neopentecostais, corrente religiosa que tem a midiatização em seu cerne, sobre essa essência midiática Bucci (2001, p.12) diz que ‘A Igreja Universal dá certo não por saber ''usar'' a mídia − mas por ser, ela mesma, uma realidade midiática. Seu altar é a TV. Seu berço é a TV. Seu tempo é a TV” . E assim com a Universal, todas as outras Igrejas nascidas de sua teologia usam a televisão como seu principal púlpito. Andréia Maia Fernandes Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O ENSINO APRENDIZAGEM DO ENSINO RELIGIOSO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2200 O presente capítulo explora a importância do lúdico nas atividades escolares. Primeiramente foi abordado etimologicamente o termo “lúdico”, segundo alguns autores a palavra tem sua origem num vocábulo latino “ludus” que quer dizer “jogo”, brinquedos, divertimentos. Pesquisando o lúdico pôde-se afirmar que este está presente desde os primórdios da humanidade e, de acordo com as evoluções sociais e tecnológicas, conseguiu importância na sociedade e, entre as crianças, que encontram nessas atividades uma forma de se inter-relacionar com outros iguais. A aplicação da atividade lúdica possibilita a expressão do agir e interagir e alguns pesquisadores atribuem à ação do lúdico na aprendizagem infantil, percebe-se que o adulto também pode ser beneficiado com atividades lúdicas, tornando o processo de ensino/aprendizagem mais prazeroso. Assim, percebe-se a importância da utilização de atividades lúdicas na sala de aula, que contribuem para que os alunos aprendam desde conteúdos importantes até atitudes e valores necessários a vida em sociedade. Destacou-se, a importância do uso do lúdico como ferramenta instituinte da aprendizagem, assim como ressaltou que o uso do lúdico na disciplina de ensino religioso possibilita que os alunos formem conceitos éticos e morais importantes na sua formação cidadã. O docente é facilitador dessa aprendizagem, e precisa ser prudente ao escolher as atividades, porque não se pode utilizar o lúdico sem que ele tenha um objetivo educativo. Isabel Cristina Boechat Rohem Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A PAX ROMANA DEFINIDA EM SEUS MÚLTIPLOS ASPECTOS DISCURSIVOS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2201 Havia uma estruturação discursiva, cuja máxima era destacar a ideia de que o mundo governado pelo império romano era um éden na terra, um lugar de paz, harmonia, prosperidade. Os enunciados proferidos e articulados apontavam Roma como uma cidade onde reinava apenas a paz. Para disseminar a ideia de Roma como paraíso, muitas foram as estratégias discursivas utilizadas pelo império romano, para proliferar o projeto ideológico da pax romana. Portanto, Roma é a protagonista deste paraíso, o imperador Augusto é ovacionado e elogiado como aquele que, “pôs fim à guerra e organizou a paz” significando para o mundo ele é portador das boas notícias, das boas novas de alegria”. O período da paz romana concede ao seu líder imperial o título de “salvador do gênero humano”. Todo esse construto discursivo em torno da figura do imperador, tem como motivo principal, o fato de que o contexto romano estava vivendo seu melhor momento, enlameado numa suposta paz plena. Oseias Silva dos Santos Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A FAMÍLIA NA PERSPECTIVA DA FRENTE PARLAMENTAR EVANGÉLICA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2202 Pretende-se abordar inicialmente a integração da Frente Parlamentar Evangélica e introduzir uma breve discussão do conceito da “Bancada”; posteriormente será trabalhada a perspectiva de família a partir da Frente Parlamentar Evangélica, por conduto de Projetos de Leis por ela já propostos, de modo a tentar estudar os direitos e proteção da instituição Família, sob o olhar da Frente Parlamentar; por derradeiro, o objetivo será traçar uma relação entre o conceito de Família sob a ótica da Frente Parlamentar Evangélica e o Direito das Famílias Contemporâneo. Paula Miranda Lima Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 EDUCAR PARA LIBERTAR: PRÁTICAS EDUCATIVAS DIALÓGICAS DESENVOLVIDAS PELO PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO NA REDE MUNICIPAL DE VILA VELHA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2203 A educação desempenha um papel fundamental na formação do indivíduo, e através do ensino religioso o profissional tem a capacidade de oferecer uma proposta educacional que implique na valorização do respeito às diferentes culturais, compreendendo a importância da diversidade, por meio de tradições culturais e sociais, manifestando a sua presença no mundo. Nesse sentido, abordaremos a proposta de Mikhail Bakhtin enquanto precursor na defesa do dialogismo, acreditando que para a formação do cidadão critico, as ações devem ser realizadas com foco na proposta dialógica entre os sujeitos. Para Bakhtin, na interdiscursividade, discursos estão em diálogo com outros discursos – entre perspectivas em termos de conteúdo e compreensão de mundo – o que revela tensão e diálogo entre possíveis lugares de compreensão da realidade. A importância do Ensino Religioso tratando de assuntos ligados à natureza do ser humano trará consequências para a vivência entre os indivíduos, que ao estarem em um mesmo espaço de convívio, sendo esse espaço, a sala de aula, encontrarão em suas diferenças, possibilidades para terem disposição em conhecer, aceitar, e ouvir o diferente. Significa a valorização de práticas educativas dialógicas apresentadas nas formações, a fim de que o educador seja capaz de desenvolver junto aos alunos a capacidade de reflexão, discernimento, julgamento e comunicação, buscando novos estímulos para vencer as dificuldades e despertar o interesse pelo aprendizado. Suziléa Silva de Souza Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 POR UMA DESCRIÇÃO DENSA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2204 Para melhor descortinar a propositura de batalha espiritual na Subseção Judiciária de Teófilo Otoni/MG, dentre partes que se dizem segurados especiais em demandas promovidas em desfavor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), faz-se necessária uma imersão no aspecto cultural e na etnografia dessa população, seguindo a ótica de uma descrição densa, à luz das ideias de Clifford Geertz, apta a compreender a arena de interações humanas em um viés interpretação da cultura. Ainda, procura-se analisar a dimensão cultural da análise religiosa, com fincas a estabelecer um conceito de religião e seus desdobramentos, na esteira do que foi defendido por Geertz. Vanio Soares Guimarães Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A EXPRESSÃO “DEUS SEJA LOUVADO” INSCRITA NA CÉDULA DO REAL COMO MANIFESTAÇÃO RELIGIOSA NA ESFERA PÚBLICA NO CONTEXTO LAICO BRASILEIRO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2205 Busca-se sustentar a ideia de que a legenda “DEUS SEJA LOUVADO” estampada na cédula do dinheiro nacional traz consigo uma discussão sobre o conteúdo da laicidade brasileira, que tem sido afetado pela imbricação entre as esferas pública e religiosa no País. Com esse propósito, inicia-se o estudo com a descrição tanto da competência das autoridades públicas responsáveis pela definição do leiaute da cédula do dinheiro nacional quanto do histórico dos atos oficiais que redundaram na inserção dos dizeres religiosos. Em seguida, evidencia-se o caráter público da moeda e de sua representação, a cédula, para demonstrar que a expressão “DEUS SEJA LOUVADO” constitui um texto impregnado de simbolismo religioso, notadamente cristão, que se projeta em um espaço público, trazendo à lume o debate político acerca do conteúdo da laicidade brasileira. Por fim, traça-se as balizas jurídicas que podem ser consideradas na tentativa de se construir um conceito de laicidade no País, destacando-se os desafios dessa tarefa interpretativa, especialmente em um contexto de disputas entre visões distintas sobre os elementos constituidores desse conceito. Alexandre Forte Maia Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 RELIGIÃO E MODELOS FAMILIARES PRÉ-MODERNOS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2206 <p>O termo família seria derivado do latim famulus, que significa escravo doméstico, termo que teria sido criado na Roma Antiga para indicar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas na agricultura e também à escravidão legalizada. Assim, o termo família, designaria, então, o conjunto de bens patrimoniais de um indivíduo e estando a família alicerçada na autoridade absoluta de um chefe, o pater familiae.<br />O modelo de família, considerado como processo histórico, teria sido construído e constantemente modificado de acordo com as transformações sociais e, diante de tais transformações, pode-se concluir que a construção deste modelo acompanha a história, albergando todos os interesses do sistema político-econômico-social de cada época, estando sempre se adaptando aos imperativos do Estado, aliado a uma forte influência religiosa e assim, desde os primórdios, a instituição familiar teria se desenvolvido, modificado e adquirido funções diversas, sendo o primeiro vínculo social do ser humano desde as primeiras civilizações e onde se concentram valores morais, econômicos e culturais, passando a ser considerada, na perspectiva dos estudos sociológicos, uma instituição de controle social.</p> Anny Ramos Viana Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 LIBERDADE RELIGIOSA COMO DIREITO FUNDAMENTAL https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2207 <p>Liberdade religiosa e liberdade axiológico-filosófica no contexto brasileiro, vem sendo tratadas como garantias constitucionais fundamentais, estas protagonizam papeis no fenômeno religioso no processo político. Observa-se clara resistência política de atos que não condizem com a moral católica ou melhor colocando cristã. É perceptível a falta de controle do Estado por meio de leis proselitistas . Nessa toada descreve Débora Diniz: “a baixa eficácia do controle de constitucionalidade da leis estaduais” no Brasil, o impede grandemente o respeito à pluriconfessinalidade .<br />Os direitos fundamentais fazem parte da base axiológica dos ordenamentos jurídicos contemporâneos. Logo que as constituições começaram a se firmarem como base jurídica de caráter superior, notou-se que os valores do homem entraram em foco, com o fim de serem protegidos num documento com força jurídica relevante e com a máxima vinculação. Decorrendo desses fatos, objetos reguladores, processos relativos a liberdade e igualdade, passíveis de discussões surgiram em outros ramos além do direito .<br />Os direitos fundamentais adquiriram campo dimensional maior em 1948 com a Declaração de Direitos Humanos, incluindo também os individuais, saindo do campo doméstico atingindo proporções internacionais, consolidando e impondo exigências a cada ordenamento jurídico . Aprofundando as relações laicas na sociedade.</p> Bruna Pereira do Vale Ferraz Raggi Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A LIBERDADE RELIGIOSA NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2208 A Constituição Federal de 1988 apresenta os chamados “Direitos e Garantias Fundamentais”, considerados direitos mínimos de todos os brasileiros, baseados no princípio da igualdade, que preconiza que todos são iguais perante a lei, sem qualquer distinção. Assim, entre os fundamentos da República Federativa do Brasil e do Estado democrático de direito, está o princípio da dignidade humana. No rol de direitos fundamentais estão, entre outros, a autonomia privada, a liberdade de culto religioso e a liberdade de crença. Diante de tais princípios e direitos, tem-se a análise do caso da recusa médica, frente à vontade do paciente terminal, por convicções religiosas. Destaca-se que, de acordo com o Código de Ética Médico, é direito do médico “recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência.” Muitas são as situações em que médicos se recusam a atender a vontade do paciente, baseados em suas ideias religiosas que, por sua vez, colocam-se como impedimentos à realização de determinados procedimentos médicos no fim da vida do paciente. Nesse aspecto, a sociologia da religião informa fatores que formam a ideia religiosa e que levam uma pessoa a invocá-la, até mesmo sobre a vida de outrem. O projeto que se propõe, desenvolve-se a partir do tema “A LAICIDADE DO ESTADO E A FORMAÇÃO DAS IDEIAS RELIGIOSAS MEDICAS, FRENTE AO TESTAMENTO VITAL”. Karine Bastos Silva Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: DESENVOLVIMENTO DOS INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO À MULHER https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2209 A violência contra mulher é uma violação grave dos direitos humanos. Seu impacto varia de múltiplas consequências físicas, sexuais e psicológicas, imediatas e a longo prazo. A violência em suas diversas formas, afeta negativamente o bem-estar geral das mulheres e as impede de participar plenamente do convívio social. No entanto, seus resultados não se restringem somente às mulheres, a violência doméstica afeta também as famílias, a comunidade e o País. No Brasil, a construção da cidadania da mulher e a importância de tratar o tema igualdade de gênero, reflete a evolução dos processos sociais e da luta desse segmento para adquirir seus direitos. Todavia, conforme é possível observar, diante dos crescentes dados a respeito da violência contra a mulher, que ainda há muito a ser feito e que as leis atuais não têm se mostrado suficientes para garantir a proteção e o direito à cidadania das mulheres brasileiras. O panorama da violência contra as mulheres no Brasil, apresentou os dados referentes ao ano de 2018, utilizando indicadores nacionais e estaduais. O relatório destacou que para o cumprimento da legislação é necessária a elaboração de ações que potencializem o enfrentamento da violência promovendo ainda assistência, proteção e acolhimento a vítima. Kellen Margareth Peres Pamploona Guerra Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 HISTÓRIA DO ABORTO EM PERSPECTIVA RELIGIOSA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2210 A religião e o poder sempre andaram juntos durante a história da humanidade. Alguns povos e culturas usavam e ainda usam até hoje a religião como modelo de conduta e de vida social. Paulo Júnior cita que “a decisão de interromper a gravidez não é algo moderno”. Devemos analisar a questão do aborto sob a visão ética das várias civilizações e religiões que ajudaram a compor a história do mundo, segundo Paulo Júnior. Ainda que no Brasil, o aborto, essa prática na maioria das vezes clandestina, carregue a marca da reprovação, afirma Celso Delmanto que “não terá sido assim no decorrer da história da humanidade”. A prática do aborto, envolvendo métodos físicos ou químicos, já era documentada em antigas sociedades orientais . Entre 2.737 e 2.696 a.c., o imperador chinês Shen Nung cita, em texto médico, a receita de um abortífero oral, provavelmente contendo mercúrio. Porém, o risco da ingestão de substâncias nocivas para a saúde das mães fez como que algumas sociedades e culturas preferissem realizar a prática do infanticídio, ou seja, a morte da criança após o nascimento. Porém, com o advento da era cristã e, por consequência da influência desses valores na sociedade, surge uma conotação negativa sobre o assunto, e com isso, nasce a ideia de criminalização da conduta. “Com o advento do Cristianismo, o aborto passou a ser definitivamente condenado, com base no mandamento não matarás”. Otávio Fonseca de Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 CRITÉRIO LEGAL E CONTEMPORÂNEO DE DEFINIÇÃO DE MORTE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2211 Considerando que o critério de definição de morte foi se alterando de acordo com o avanço da tecnologia biomédica, que resultou em vários tratamentos modernos, como respiradores artificiais, novas condutas de reanimação cardíaca, transplante de órgãos, unidades especializadas em terapia intensiva, entre outros. Tal acontecimento ocasionou a necessidade de alterar o conceito de morte que já não estava de acordo com a nova realidade para determinar o fim da existência humana. Nesse sentido, faz-se necessário analisar a sua evolução histórica, tendo em vista que é por meio desse método que encontramos os requisitos que nos permitem designar se uma pessoa está morta ou não. Destaca-se, assim, que o atual critério de definição de morte no Brasil, foi regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina, por meio da Resolução n. 1480/97, que é caracterizado pela morte encefálica/cerebral do paciente. Portanto, o conceito contemporâneo de morte, designado por morte encefálica, é resultado do avanço que a medicina foi criando, sendo aceito universalmente por razões éticas, mas especialmente por questões práticas, tendo em vista que a sua aceitabilidade se deu em razão de procedimentos que aumentaram a perspectiva de vida do ser humano. Verônica Cristina Ruchdeschel Magalhães Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O DESENVOLVIMENTO PESSOAL EM MEIO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO EM UM CENÁRIO PROTESTANTE https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2212 O trabalho voluntário é uma atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social. O serviço exercido de forma voluntária envolve a doação de tempo, talento e muitas vezes finanças para se cumprir com os objetivos propostos. As pessoas querem fazer a diferença nesse mundo e encontram no trabalho voluntário uma válvula de escape para poder muitas vezes expressarem seus mais profundos sentimentos e indignações. Partindo desse contexto, o objetivo da pesquisa é estudar a transformação do indivíduo como consequência do engajamento em serviços voluntários no meio de igrejas protestantes, tornando-se um instrumento benéfico para a seu contexto social. A principal pergunta a ser respondida é: Por que pessoas se comprometem com o serviço voluntário em um ambiente eclesiástico protestante mesmo quando as metas a serem alcançadas exigem esforços esperados de pessoas remuneradas? Investigarei o porque da dedicação em servir voluntariamente em um mundo contemporâneo, mesmo com tantas tarefas a serem realizadas em suas vidas pessoais e investigar com mais clareza as verdadeiras motivações que fazem um serviço voluntário se tornar algo prazeroso para o indivíduo. César Augusto Straioto Bianco Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A INTERDISCIPLINARIDADE DO ENSINO RELIGIOSO COM O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2213 A interdisciplinaridade constitui uma das vertentes mais interessantes da educação moderna, em especial porque faz com que a maioria das abordagens se torne mais agradável e mais divertida, além de propiciar um tipo de absorção indireta de conhecimentos, a qual se viabiliza em um nível profundo de interação entre o sujeito e o mundo que o cerca. Diante disso, o objetivo geral da pesquisa é investigar, com fundamentos nas teorias dos métodos mais modernos de ensino, como pode viabilizar uma abordagem interdisciplinar que contemple o estudo da Língua Portuguesa com o Ensino Religioso. Não obstante, a principal questão problema que se tentará responder por meio desse estudo é: a abordagem interdisciplinar poderá contribuir, positivamente, tanto para o maior aprendizado de Língua Portuguesa, quanto para a maior compreensão de Ensino Religioso? Para o desenvolvimento do trabalho aqui proposto será adotada a combinação de dois modelos metodológicos, sendo o primeiro, o de caráter conceitual, em que se buscará elencar postulados teóricos que permitam a elaboração de generalizações; e o segundo, de cunho aplicado, em que se levantará, por meio de pesquisa de campo. Em relação ao universo da pesquisa, este será composto por alunos/as e professores/as que ministram as disciplinas Ensino Religioso e Língua Portuguesa, em duas escolas públicas de Educação Fundamental em cada uma das cinco regiões de Vila Velha (ES), pertencentes à Secretaria Municipal de Educação, com aplicação e 150 questionários, 100 entre estudantes e 50 entre professores/as. Daisy Patrícia Pereira Jubrael Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 PRÁTICAS DO ENS. RELIGIOSO NO MUNICIPIO DE CARIACICA: IMPLEMENTAÇÃO DO CURRÍCULO NA DOCÊNCIA DA EMEF “PROFESSOR CERQUEIRA LIMA” À PARTIR DE 2012. https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2214 É pretendido com essa proposta de pesquisa analisar a implementação curricular nas práticas docentes do município de Cariacica, partindo da análise de uma das escolas municipais e através dessa análise vislumbrar e ter um parâmetro das práticas cotidianas do Ensino Religioso a partir do ano de 2012 no município de Cariacica e formular propostas de reformas e adaptações desse currículo, visto que o próprio documento garante essas reformulações. Tendo como fundamentação teórica a Histórico-crítica, abordada por SAVIANI, a sistematização e a socialização do conhecimento a partir das relações entre a teoria e a prática que proporciona o crescimento intelectual e que faz entender a realidade social. A metodologia que será usada é a concepção da pesquisa-ação, que traz mecanismos utilizados em projetos de pesquisa educacional inclusive ao nível pedagógico, o que promoverá condições para melhor analise. Daniela Leal Zagotto Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O ENSINO RELIGIOSO NA TRANSORMAÇÃO DOS SABERES: A PRÁTICA INCLUSIVA NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2215 Pretende-se nessa comunicação, que é parte da pesquisa em andamento, abordar os principais aspectos metodológicos de desenvolvimento da investigação que será apresentada na dissertação. Dessa forma, torna-se necessário previamente abordar que a ciência provém do latim scientia, de scire, portanto, relativo à “investigação e a aplicação do método cientifico”. Em outras palavras, uma investigação cientifica requer que a adoção de métodos para fazer o pesquisador constituir meios para descobrir a verdade, encontrar respostas para seu problema a partir dos conhecimentos empíricos, encontrando possíveis soluções para problemas sociais estabelecidos. O conhecimento científico é contingencial, ou seja, suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão. No tocante à forma de estudo, foi escolhida a pesquisa exploratória, haja vista que a autora da pesquisa já está familiarizada com o objeto de estudo investigado, já tendo consolidadas pesquisas anteriores abordando suas ocorrências na realidade pesquisada. Jane Cristina Souza de Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 EXPERIÊNCIA DE DEUS NO SILÊNCIO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2216 O monge é um cristão que, ao responder o chamado todo especial de Deus, deixando a sua vida de lado e seus interesses particulares se joga em uma total entrega à Boa Nova do reino que Nosso Deus nos preparou, à “conversão” (metanoia) num total espírito de desapego e renúncia e de intensa oração. Ao analisarmos de maneira positiva, é necessário que busquemos entender a vida monástica como uma vida plena de oração. Já no que se refere aos elementos “negativos”: silêncio, solicitude, jejum, obediência, penitência, renúncia à propriedade e à ambição, tudo isso não é algo apenas que o monge deva observar e sim, a forma que todo o cristão autêntico deveria praticar, pois todos tem em vista desobstruir o verdadeiro caminho, na qual a oração – meditação e contemplação – busque ocupar todo o espaço que se liberou pelo desapego e pelo abandono de outros interesses. Primeiramente, quando falamos de oração esse tema é de particular interesse dos monges, mas atualmente muitas pessoas têm se interessado por esse tipo de assunto, como também, vão em busca de estudo prático, não acadêmico, sobre a oração e de como buscar experimentar a Deus através do silêncio, em mosteiros e demais fontes de espiritualidade monástica, devendo ser interesse para cada cristão, que busca contemplar a face de Deus e ao mesmo tempo, buscar praticar uma vida de oração e de conversão. José Carlos Ferraz Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A AÇÃO DAS IGREJAS BATISTAS NO RESGATE DOS DEPENDENTES QUÍMICOS NA CRACOLÂNDIA EM SÃO PAULO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2217 Atualmente, a dependência química vem ganhando lugar de destaque na sociedade. Cada vez mais pessoas se rendem às drogas, se autodestruindo e destruindo todos aqueles e aquelas que estão ao seu redor. Muito se ouve falar de maneiras e meios para a cura deste mal, mas, em contra partida, em quase todos os casos, esses meios tornam-se ineficientes e falhos quando o assunto é resgate e ressocialização. Trago neste artigo, uma maneira, que por sua vez, faz-se eficiente e palpável. Com exemplo pessoal, tenho a intenção de levar resgate e ajudar na ressocialização de pessoas que passam por esta situação, à qual, eu mesmo já enfrentei. José Miguel dos Santos Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 OS PRINCIPAIS EXPOENTES ANGLO-SAXÕES DO NEOATEÍSMO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2218 No fim do século passado e no despontar dos nossos dias, somos testemunhas de um novo fenômeno, que, se em um primeiro momento não chega a convulsionar o ambiente religioso, abalando profundamente as estruturas das principais religiões dominantes. Tem no mínimo incomodado, por sua atitude ousada por parte dos seus divulgadores da filosofia ateísta. Através de discursos, palestras, entrevistas e qualquer outra forma de comunicação que chegue rapidamente a uma massa de pessoas que buscam respostas aos questionamentos humanos, não mais pela fé, mas agora pela razão. Seu mote a princípio é a rejeição veemente da religião, seja ela qual for, porém ver-se-á que há outras implicações além dessa, quando se fala de neoateísmo. É importante deixar claro que esta afirmativa de “novo” não corresponde exatamente a expectativa que a própria palavra traz. Gordon chega a afirmar que o neoateísmo não carrega uma bateria de novas ideias sobre o ateísmo, mas apenas uma nova embalagem para antigos conceitos e pensamentos já existentes e que não eram acessíveis às pessoas comuns, tornando-o mais palatável para a população que outrora rejeitava simplesmente por não compreender sua proposta. Richard Dawkins, Sam Harris, Daniel Dennett e Christopher Hitchens são os personagens mais conhecidos desse movimento, compondo o que é conhecido como a escola anglo-saxônica do ateísmo. Eles são representantes da principal formação ideológica do movimento, sendo o neodarwinismo seu referencial teórico. Marcelo Ferreira Cardoso Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 DOIS CAMINHOS PARA A SALVAÇÃO: UMA ANÁLISE DO DISCURSO ESCOLÁSTICO DE SANTO ANSELMO SOBRE A ELEIÇÃO E O LIVRE-ARBÍTRIO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2219 Desde o início da controvérsia entre as doutrinas da Eleição e do Livre-arbítrio, a discussão entre seus defensores é acalorada e cheia de elementos históricos, políticos e eclesiásticos. O dualismo de uma doutrina querendo sobrepor à outra é constante nessas defesas e debates. Porém, no início do século XI, com Anselmo de Cantuária, surge o pensamento escolástico, que se apropriava de argumentos racionais para comprovar verdades bíblicas e de fé. Anselmo, fazendo uso dessa linguagem racional, propõe uma conciliação entre a predestinação e o livre-arbítrio. Apesar de ter vivido antes de Calvino e Armínio e do sínodo de Dordrecht, Anselmo trás uma discussão substancial para esse impasse tão contemporâneo, tentando com a escolástica uma conciliação. A pesquisa tem a intenção de analisar esse discurso de Anselmo em sua obra Livre-arbítrio e Predestinação: uma conciliação entre a presciência de Deus e a graça Divina, bem como de apresentar esse discurso conciliatório à Associação Batista Brasileira (ABB) com intuito de minimizar a divisão que existe, nessa questão doutrinária específica, entre os líderes e pastores da mesma. Ramon Maciel de Souza Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 UMA ANÁLISE DA LIBERDADE RELIGIOSA COMO DIREITO FUNDAMENTAL https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2220 A presente comunicação pretende ressaltar que no Brasil, vivemos no Estado Democrático de Direito que está elencando em suas premissas constitucionais o Estado Laico, onde é garantida toda forma de crença religiosa que pressupõe como um direito e garantia fundamental, assegurando inclusive os direitos de livre exercício dos cultos religiosos, fato este que vem a corroborar na contemporaneidade, essa vivência com quebras de paradigmas sobre a questão da religiosidade onde se preconiza que os estudos dessas questões inerentes a novas identidades correspondem a grandes reflexões enquadradas nos discursos e práticas religiosas do país. Há uma relação intrínseca entre a liberdade religiosa e a laicidade do ente político-administrativo. O exercício da livre crença pelo cidadão deve lhe ser facilitado como garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana, ampla e peremptoriamente elencado na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Embora se insista em dimensionar os direitos fundamentais quanto à função e quanto ao processo evolutivo, o direito da liberdade individual não perde espaço; aliás, os direitos sociais somente o são por existir, a partir do direito individual. Tem-se, pois, por conseguinte, que a liberdade religiosa se titula direito fundamental por ser intrínseca à criação do ser e a ele inerente, conforme opção política do legislador que, em nossa Constituição Federal, a elencou, dando-lhe cláusula pétrea e hierarquia constitucional. Anderson Clayton Nunes Ferreira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA BRASILEIRA DO SÉCULO XXI: CRESCIMENTO EM MEIO À URBANIZAÇÃO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2221 O espaço urbano é desigual, marginaliza os mais pobres. Os evangélicos que têm mais crescido são os Pentecostais: 1980 (3,9 milhões); 1991 (8,8 milhões) e 1990 (17,7 milhões). Este crescimento coincide com o avanço da urbanização. O Brasil foi um terreno fértil para o crescimento desse grupo de evangélicos. Público alvo carente, liturgia apropriada, discursos de manipulação, uso do rádio e da televisão contribuem para o crescimento dessas igrejas evangélicas. Culto vibrante, pregações inflamadas e emocionais; comunicação mais próxima aos fieis e linguajar acessível. Promoção de assistência social, compensando a ausência do Estado. Uso de leigos no ministério. Esforço para o crescimento numérico e espiritual. A culpa não tem um sentido profundo. Explicam os erros e os pecados dos crentes pela ação poderosa do maligno, alienando a responsabilidade individual do pecado, assumindo uma nova identidade. O crente sente-se útil por participar dos serviços, orgulha-se de contribuir para a causa de Deus. Entendem que as bênçãos de Deus devem se manifestar sempre através sinais exteriores de riqueza. A prosperidade pessoal é a tônica. Os pobres que não se sentiam abençoados pela sua fé anterior, são exortados a lutar com Deus por uma posição melhor. Os cultos com suas liturgias espetaculares, de supostas curas, sempre atraem um número significativo de necessitados. Todas essas estratégias são elementos de incentivos à fé pentecostal que promovem o seu crescimento numérico. Antonio Carlos Nascimento da Rosa Wanderley Pereira da Rosa Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 FREI BETTO E A “GUERRA FRIA DO SÉCULO XXI” https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2222 Diante de um contexto de atualidade em que, de forma intensa, e, em certa medida, anacrônica, cada vez as memórias do passado justificam pensamentos, ideologias e comportamentos presentes. Assim, o século XXI tem remontado um contexto de “Guerra Fria”, principalmente, por um viés partidário-ideológico. Nesse sentido, Frei Betto, ainda pode ser visto como uma voz na contemporaneidade? Quais interfaces são possíveis entre Frei Betto e o Brasil de 1969 e 2019? Daniel Correia de Oliveira Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 A EVOLUÇÃO DO DIREITO À LIBERDADE RELIGIOSA NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2223 Essa comunicação apresenta como objetivo geral abordar a evolução do direito à liberdade religiosa nas Constituições brasileiras. Antes da promulgação da Magna Carta de 1988, o país brasileiro contou com sete Constituições, incluindo-se a Emenda Constitucional de 1969. Em cada uma delas pôde-se observar apontamentos relacionados à religião. No entanto, como será debatido, o fortalecimento do direito à liberdade religiosa e a laicidade do estado se deram morosamente, progredindo de forma sucessiva, a cada nova constituição publicada. Jéssica Quaresma Barroso Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 COMÊNIO E A EDUCAÇÃO: CONTRIBUIÇÃO E LEGADO DE UM PASTOR https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2224 Jan Amos Komensky (mais conhecido por seu nome em latim, Comenius), nasceu na Boêmia (atual República Tcheca). Cristão hussita, pertenceu à Igreja dos Irmãos Morávios. Com apenas 20 anos de idade, já mostrara vocacionado à se tornar um célebre escritor, quando escreveu "Tesouros da Língua Boêmia", primeira das 154 obras que escreveria ao longo de sua vida. Ordenado pastor em 1620, em 1632 seria ordenado bispo, função que manteria por toda sua vida. Em consequência da guerra dos trinta anos (iniciada em 1618), Comenius, escreveria uma importante obra, "o Labirinto do mundo e o paraíso do coração", com o fito de consolar os sobreviventes. Sua didática TTcheca, traduzida onze anos mais tarde como "Didática Magna", até hoje é referência no campo pedagógico. Alçando fama, aceitou o convite da rainha Cristina para ir à Suécia, quando se pôs a implantar reformas educacionais naquele reino. Como um dos principais líderes protestantes da Morávia, Comênio amalgamou sua pedagoia com eologia Wyclifiana/hussita, fazendo assim uma inter-relação entre teologia e pedagogia. Como parcela de seu pensamento, Comênio propunha que a Bíblia tivesse a primazia no ensino. Comênios também teve sua parcela de contribuição - ou melhor,contribuiu com seu legado nas três das mais famosas e conceituadas universidades do mundo, fundada por pastores como Yale-Princeton e Harvard. Oséias Ramos Adão Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 O PROTESTANTISMO E A MODERNIDADE EM MAX WEBER (1864-1920) https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2225 Weber realiza pesquisas em diversos países como a China, o Japão e a Índia; países da Europa e os E.U.A. As suas pesquisas constatam que os países com uma economia mais pungente eram de fé protestante. Ele passa a observar as peculiaridades dos protestantes de origem calvinista, pietista, metodista e seitas anabatistas. Percebe que o protestantismo calvinista é o principal impulsionador do capitalismo moderno. O protestante entende que toda a sua vida é para glorificar a Deus, assim também o trabalho o glorifica e recebe um status religioso. O lucro, então, não é pecado em si. O protestante optou por educação racional e técnica. O seu estilo de vida é simples (frugal) e disciplinado, sem grandes prazeres (ascética) proporcionando acúmulo de capital. A riqueza acumulada (a ideia de poupança) é reinvestida, a este quadro geral Weber enceta o conceito de vocação do trabalhador. Ele percebe que para o calvinista o dogma da predestinação infere em uma individual salvação, daí a fé e a ética entrarem em ação na conduta da vida. A nova força desenvolvimentista calvinista é a que planeja, aprovisiona, faz controle financeiro e é a que dá forma a economia moderna. Esta racionalização (princípios de eficiência) prima na valorização dos cargos e nas habilidades específicas para ocupá-los. Todavia, a conduta de vida metódica calvinista, disciplinada, ética e moral é o que Weber denominou ser o espírito do capitalismo. Robert dos Santos Caetano Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 DESIGREJADOS: DADOS QUE REVELAM NOVAS CONFIGURAÇÕES NO CAMPO RELIGIOSO EVANGÉLICO BRASILEIRO https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2226 <p>Os dados do último censo do IBGE 2010 apontaram um significativo crescimento de evangélicos no país cujo número de adeptos ultrapassa a casa dos 42 milhões. Entretanto, o crescimento numérico de fiéis que se declaravam sem vínculo denominacional também chamou a atenção de muitos pesquisadores, principalmente comparando seu crescimento entre os anos 2000 e 2010. Dentro deste grupo de evangélicos sem vínculos institucionais, incluem-se os chamados desigrejados, que são cristãos evangélicos que por diversos motivos saíram de suas igrejas ou denominações.<br />Esta comunicação pretende fazer uma análise do fenômeno religioso dos desigrejados a partir de dados e números de pesquisas que destacam o crescimento da desisntiucionalização religiosa evangélica no país, apontando seus respectivos reflexos no campo protestante brasileiro. Para tanto, serão apresentados: o censo de 2010 e sua relação com os desigrejados; alguns dados e números sobre o fenômeno dos evangélicos não determinados e, por fim, a relação entre o trânsito religioso e os evangélicos desigrejados.</p> Samuel da Silva Nepomuceno Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-10-22 2019-10-22 6 2 ABORTO: UMA ANÁLISE HISTÓRICA À LUZ DAS NOVAS TECNOLOGIAS https://revista.fuv.edu.br/index.php/intotum/article/view/2235 As civilizações antigas, em sua maioria, trataram da matéria no âmbito legal, sofrendo variações, somente, com relação à reprimenda aplicada aos infratores e à sua motivação histórica. O rigorismo da abordagem conferida ao aborto foi graduado em nítida interdependência com as concepções sociais, culturais, econômicas e demográficas vigentes no meio social de cada época. Para efeitos penais, o feto é considerado pessoa, tutelando-se a vida de pessoa humana. No autoaborto há apenas uma objetividade jurídica, qual seja a vida do feto. No aborto praticado por terceiros há outra, mediata, que é o direito à vida e à integridade física e psíquica da gestante. Para além desta discussão de natureza filosófica e moral é preciso ainda a verificação de dados fáticos, estatísticos que demonstram que a atuação proibicionista do aborto não resulta na sua expressa diminuição quantitativa, mas sim num desrespeito às mulheres de classes mais pobres que são excluídas do acesso a saúde. O advento das novas técnicas de diagnósticos de malformações fetais, ainda intrauterinamente, possibilitaram a descriminalização do aborto de neonatos anencéfalos no Brasil. É pelo mesmo motivo que talvez seja propício a discussão sobre a aceitabilidade de novas solicitações de interrupção da gestação baseadas em distintas malformações incompatíveis com a vida extrauterina, caracterizando-se aqui o fenômeno do slippery slope. Diane de Carvalho Machado Copyright (c) 2019 IN TOTUM - Periódico de Cadernos de Resumos e Anais da Faculdade Unida de Vitória 2019-11-14 2019-11-14 6 2