RELIGIOSIDADE E CULTURA

Autores

  • Isaias de Almeida Aguiar

Resumo

Há uma forte tendência em demonstrar que a religião é tão somente um fenômeno cultural. Com certeza, a cultura influencia em muito a religião, porém, não a determina. O ser humano é ser ativo que escolhe em que vai crer. A religião surge como produto da busca pelo sentido último da vida. A religião deve ser tratada como a materialização da experiência com que o metafísico, transcendental, se apresenta, sendo esta a base de onde a religião se ergue. A religião surge junto com a construção humana da sociedade, sendo o ser humano a personalidade produtora e ao mesmo tempo, produto da sociedade, contudo, observa-se particularidades que a religião singular. Berger utiliza os termos “Exteriorização” e “Objetivação” extraídos de Hegel e o termo “Interiorização” da psicologia social americana para se referir ao processo de produção da sociedade pelo homem e do homem pela sociedade, mas devem ser resguardadas as devidas proporções dos termos na religião. Embora sejam fenômenos parecidos, não são coincidentes; uma semelhança entre sociedade e religião é a capacidade de mudança que produzem em si mesmas, como resultado de novos valores incorporados. Tanto na “Interiorização” quanto na “Exteriorização” acontece a confecção da “Forma” pela subjetividade a que o processo está submetido. Porém, depois de formada, a “Objetivação” torna-se realidade objetiva, “lá fora”.

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Publicado

2019-10-22

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões