A URBANIZAÇÃO, SEUS CONFLITOS E O EVANGELHO

Autores

  • Antonio Carlos Nascimento da Rosa

Resumo

A década de 1970 marca a passagem da população brasileira demaioria rural para urbana. A migração ocorreu num modelo dedesenvolvimento urbano que não proporcionou aos moradores debaixa renda, condições básicas de urbanidade e de inserção efetiva àcidade. O modelo foi excludente e concentrador: mais da metade dapopulação brasileira vive em uma das 250 cidades com mais de100.000 habitantes. Para os pobres sobraram as terras excluídas dalegislação urbanística, os espaços precários das periferias. No vastoe diverso universo dos 5564 municípios do Brasil, são raras ascidades que não têm uma parte da sua população assentadaprecariamente. As áreas não passíveis de urbanização, comoencostas e várzeas alagadiças, sem infraestrutura, vão tomandoformato de ambientes de moradia. Toda essa precariedade eabandono do Estado, o público busca alternativas de superação.Encontram amparo nas Igrejas Evangélicas, que se estabelecempróximas às suas residências. Coincide a explosão de crescimentodas igrejas evangélicas com o crescimento da população urbana. Noprincípio do século XX chegam dos EUA, as primeiras IgrejasPentecostais. Nas décadas de 1950 e 1970, surgem os NovosPentecostais. Podemos concluir que os conflitos gerados pelacarência de recursos, o crescimento das necessidades da vidaurbana, a mudança de local de moradia, o acesso fácil à igrejapróxima à sua casa, entre outros, são fatores que favoreceram amigração das pessoas para as igrejas evangélicas.

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Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões