ABORTO E MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS: DIVERGÊNCIAS RELIGIOSAS E BIOÉTICAS

Autores

  • Diane de Carvalho Machado

Resumo

A interrupção da gravidez por anormalidade fetal é atualmente umadas poucas práticas clínicas que não possuem reconhecimentointernacional em termos de suas indicações e aspectos médicolegais.Alguns países têm leis estritas que a proíbem, enquantooutros países fornecem quase total liberdade tanto para as famíliasquanto para o clínico, quando o procedimento é preferido. O debateacerca do aborto, seja em que condições ocorram, é polêmico,havendo, por um lado, a posição moralizante e doutrinária dasreligiões cristãs, que entendem o ato como pecado mortal e, poroutro, a visão jurídica, do delito penal ou de sua permissão emsituações extraordinárias. Nesse sentido, o impulso para legalizar oaborto, ao mesmo tempo em que ganha oposição de gruposreligiosos, também se tornou uma questão para movimentosinternacionais de direitos das mulheres e organizações de saúde.Para a bioética, o feto ainda não é um ser humano, será após onascimento, portanto, abortar não é crime, é uma decisão da mulher.E para a religião, desde a fertilização já existe ser humano. E issocaracteriza o aborto como prática criminosa. Discutir sobre estetema é uma tarefa bastante estafante, muito árdua e sem dúvidamuito delicada, exigindo-se, portanto um profundo estudo e análisetanto do ponto de vista moral, político, religioso, jurídico, filosófico,familiar, entre outros, embora também muito enriquecedora, devidoàs inúmeras abordagens e pontos de vista controversos que rodeiamo tema.

Downloads

Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões