HARMONIZANDO RELIGIÃO, PROFISSÃO E EDUCAÇÃO

Autores

  • Julio Cezar de Paula Brotto

Resumo

A história do ser humano indica, desde os seus inícios, a marcante presença da religião como elemento integrador e fornecedor de sentido à vida. O caráter sagrado nas manifestações culturais humanas cobre todo um conjunto de interações, que compreende tanto os sujeitos entre si, quanto as relações do indivíduo com o contexto que o cerca. A capacidade da razão permitiu ao ser humano imaginar razoáveis saídas para os mais intensos questionamentos, os quais, de início, estavam vinculados, quase que unicamente à temática religiosa. Mas, a mesma razão que conduziu ser humano a embrenhar-se no mundo dos marcos sagrados, condicionando-o a uma vivência sacralizada, também foi responsável por oferecer-lhe uma maneira profana de vida. Profissão e educação são áreas da vida que, muito comumente, transitam entre o sagrado e o profano. Considerando que segundo o CENSO 2010, 8% (oito por cento) da população brasileira declarou-se “sem religião” e “não sabe/não declarou”, logo os demais 72% (setenta e dois por cento) da população professa alguma religião, pode-se afirmar que o profissional educador brasileiro é, por força da própria cultura brasileira, religioso, e busca sempre que possível, harmonizar a profissão e a educação com sua fé e suas crenças. A empreitada nem sempre é fácil, porque nesta busca, surge a intolerância religiosa. Na Justiça do Trabalho brasileira há ações, movidas por profissionais das mais variadas denominações, e não ficam de fora os ateus.

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Publicado

2019-10-04

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões