TECHNÉ, TÉCNICA E A CRÍTICA DO DEUS METAFÍSICO EM HEIDEGGER

Autores

  • Guilherme Cavalcanti Silva

Resumo

Uma das principais inquietações do denominado segundo Heidegger é acerca da técnica moderna e sua instauração como 'ápice' da metafísica, a consumação do processo histórico de fixação e mensuramento do Ser. Embora já presente no clássico 'Ser e Tempo', é na conferência 'A Questão da Técnica' que o filósofo alemão trabalha a técnica para além de uma abordagem instrumental e orientada para os objetos técnicos. Para ele, técnica é o modo pelo qual as coisas se apresentam como existentes para o ser humano na contemporaneidade, como coisas passíveis de produção, problematização, cálculo e reprodutibilidade. Heidegger aponta este pensamento como sendo o ápice de uma história (Seingeschichte) de constante apreensão do Ser que se inicia com os gregos, através de Platão. Considerando a crítica de Heidegger à metafísica e a sua forma de expressão contemporânea, a técnica, este trabalho busca traçar, por meio da própria reflexão do filósofo no texto acima citado e em outras obras, uma crítica da teologia conforme esta se desenvolveu dentro da metafísica e se encontra na era da técnica moderna. Desta maneira, procura contribuir para se pensar Deus e a teologia fora da metafísica. A análise teórica conta também com uma revisão bibliográfica de autores intérpretes da filosofia heideggeriana e de Deus na pós-metafísica como Peter Trawny (Wie Gott Vertrauen?), Klaus Held (Phänomenologische Begründung eines nachmetaphysischen Gottesverständnisses), Francisco Rüdiger (Martin Heidegger e a Questão da Técnica) e Tales Tomaz (Alterity and Technology).

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Publicado

2019-09-30

Edição

Seção

Resumos do Congresso Internacional da Faculdade Unida