LOBOTOMIA RELIGIOSA: QUANDO O ENSINO RELIGIOSO DESSENSIBILIZA O FIEL

Autores

  • Francisco de Assis Souza dos Santos

Resumo

A técnica da lobotomia, ou leucotomia, surge no Brasil por volta de 1930, como a primeira técnica psicocirúrgica, que objetivava curar pacientes com distúrbios psiquiátricos, dos quais a esquizofrenia e a depressão se apresentavam como principais patologias a serem tratadas. O efeito desse tratamento se mostrou desastroso, pois não poucos vieram a óbito, e outros perderam completamente a capacidade de expressar os mais íntimos sentimentos, vindo a se tornar um ser insensível e de vida vegetativa, apenas. A técnica usada para que esse processo cirúrgico fosse feito era a perfuração do crânio e a inserção de objeto cortante, que mutilava parte do cérebro, ao cortar as conexões entre os lobos frontais e o resto do córtex cerebral. O que se observa hoje, é que um certo tipo de lobotomia religiosa tem sido feita, tornando o fiel insensível aos bizarros comportamentos por ele adotado nas diferentes áreas da vida humana. Os instrumentos utilizados para esta "lobotomização religiosa" passa por técnicas de remoção das defesas psicológicas, e mutilação de juízo de valores, outrora preservados pela vivência religiosa. Música, técnicas de indução mental, discursos emocionalmente desequilibrantes, se tornaram os novos "bisturis", que dessensibilizam o fiel, tornando-o vulnerável a qualquer tipo de ensinamento que, nem sempre, estão de acordo com o que o evangelho se propõe a fazer, por meio dos exemplos narrados, referentes às vivências dos primeiros cristãos.

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Publicado

2019-09-30

Edição

Seção

Resumos do Congresso Internacional da Faculdade Unida