O ESPIRITO SANTO NO SECULO XVI - ATUAÇÃO JESUÍTICA

Autores

  • Luis Julian Loyola Quintana

Resumo

Vinte três de maio de 1535, nessa data os portugueses iniciaram a colonização do território espírito-santense. Liderados por Vasco Fernandes Coutinho, pertencente a classe média portuguesa, chegaram com aproximadamente 60 colonos abordo da caravela Glória e aportaram ao pé do Morro do Moreno, à esquerda da baia onde acreditavam ser um rio. Os colonos que acompanhavam o donatário eram formados, em sua maioria, de mal feitores e degredados. Aliás, qualquer criminoso estabelecido no Brasil que quisesse buscar refúgio no Espírito Santo era muito bem recebido e estava a salvo de qualquer punição. Com essas pessoas que Coutinho deveria tratar o ensejo do processo de colonização, fato esse não exclusivo da capitania espírito-santense, como protestou o primeiro donatário de Pernambuco – “nenhum fruto nem bem fazem na terra, mas muito mal”. Essa população de colonos nos dá uma mostra de como seria complexo manter a ordem e a governança da nova sociedade que aqui se estabelecia, uma vez que “A pouca aplicação da lei na capitania, o relaxamento da moral, em virtude desse tipo de gente, e a distância em que estava o poder português fizeram com que o donatário, pouco dotado financeiramente, não tivesse forças para se impor à terra. E, além de tudo isso, também o gentio criava problemas, insurgindo-se com frequência.”

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Publicado

2019-08-19

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões