PARADISUS CLAUSTRALIS: UMA ANALISE DA IMAGEM APOCALÍPTICA DA JERUSALÉM CELESTE NA MISTICA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL

Autores

  • Maycon Sanches Ferreira

Resumo

A presente comunicação tem como objetivo realizar uma hermenêutica do sentido espiritual do texto do Apocalipse 21-22,5 e sua apropriação pela mística cisterciense de São Bernardo de Claraval, de modo a se fazer notar, inclusive, na arquitetura primitiva dos mosteiros da Ordem de Cister. Através da contextualização histórico-social do Apocalipse de João, busca-se compreender a necessidade que levou o autor sagrado a recorrer a linguagem simbólica para expressar suas visões proféticas. E, assim, entender o simbolismo presente na perícope 21-22,5 e como estes símbolos influenciaram na formação da espiritualidade cisterciense medieval ao ponto de identificar explicitamente o mosteiro cisterciense com a Jerusalém escatológica do Apocalipse de São João. No ideal de São Bernardo, o mosteiro-cidade se torna um autentico “paradisus claustralis”, ou seja, um paraíso claustral no qual o homem pode adentrar no mistério de Cristo, a pedra angular, para edificar-se. Procura-se, portanto, ao longo do trabalho apresentar os elementos arquitetônico-simbólicos que unem a cidade celestial da Nova Jerusalém com a cidade-mosteiro da Ordem de Cister, além da doutrina ascético-mística do santo abade de Claraval, considerado o ultimo representante da Patrística Latina.

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Publicado

2019-08-19

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões