COMUNIDADE URBANA

Autores

  • Jefferson Grijo

Resumo

A humanidade sempre esteve associada ao outro. Essa questão é ontológica: o ser humano vive na reciprocidade. O relacionamento faz parte da sua natureza. Comblin diz: “Se a pessoa humana somente existe no intercâmbio com outras pessoas, se ela se conhece, aprende e se desenvolve olhando para o rosto dos outros, esses outros onde estariam, se não fosse na cidade?”. A cidade proporciona um ótimo cenário para essa representação de vida humana, com muitas tentativas narradas na história. A interdependência de outros pode nos permitir desenvolver aqui o conceito de comunidade na urbe. Para Comblin, “a cidade não é apenas o vínculo que une os indivíduos e suas associações, o vínculo dos intercâmbios e da comunicação de onde procede a liberdade, é também uma comunidade, uma comunidade global”. Para esse autor, o comunitarismo ilustra a vida urbana e suas costuras em laços de humanização, definindo-a como global. Mas mesmo que a comunidade urbana seja de fato comunitarismo, Comblin não a vê como homogênea. É justamente o contrário: ele acredita que “a cidade tem personalidade. Cada uma tem seu caráter”. Sendo singular, cada comunidade urbana realça seu modo de ser comunitária, pois a comunidade se define como tal por reunir em si elementos específicos de pessoas com os mesmo indicativos. Logo, o mundo global é constituído de várias comunidades urbanas, e não de uma comunidade uniforme.

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Publicado

2019-08-13

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões